O Rebucetê em que sobrevive o Brasil

Mil perdões! Talvez o distinto leitor não saiba o que é Rebucetê.

No Dicionário Cultural Amadiano (Jorge Amado), define a expressão como confusão, briga, etc.

Dito isto, meios-termos às favas, vamos ao ponto “G”. Algum leitor mais próximo pode imaginar, erroneamente, que falamos de Identidade de gênero. Mas não! A teoria de Darwin sobre o sexo não deve ser considerada nessas linhas.

Direto ao ponto: Por que os brasileiros e sem essa de brasileirice de iras! enta!, etc.

Aliás, um amigo meu me afirmou que o sexo masculino de Deus é mais um sintoma, e nem por isso tem prosperado a tese de Sua bissexualidade.

Bem. Não seria melhor se combatêssemos as discriminações reais onde elas de fato causam dano à sociedade, de preferência em linguagem limpa e clara, como adultos?

Pedimos desculpas! Escorregamos além das quatro linhas do que iríamos falar.

Aliás, o termo “quatro linhas”, já virou cacoete, coisa de mau gosto, vicioso e ridículo! Explico: Antes, tudo se decidia nas quatro linhas de um campo de futebol. Surrupiado o termo, passou a ser usado nas quatro linhas de nossa Constituições; nas quatro linhas da Democracia; nas quatro linhas da ordem, justiça, etc. Tal qual a linha imaginária do Equador, chamada também de paralelo, localizada exatamente no centro do planeta Terra, dividindo-o em dois hemisférios idênticos. O mais surreal é que se esqueceram de trazer o juiz do apito para essas outras quatro linhas!

Mas, enfim, o Rebucetê ressurge nos jornais, Tvs, rádios, botecos é até na casa da sogra! Até o garfo entrou nessa! Se o cidadão é da direita: garfo à direita! Se é da esquerda: garfo à esquerda.

Não há consenso em lugar nenhum! Seja na igreja, seja num banco de jardim! A palavra de ordem é NARRATIVA – NARRATIVA – NARRATIVA! Tudo aos moldes dos primeiros papagaios que assustaram a esquadra de Cabral. Se não me falha a memória, Caminha em sua carta ao Rei, poupou a palavra NARRATIVA! Me corrijam se estiver errado.

Bem. Como aqui nada se cria, tudo se copia, como dizia Chacrinha, o que nos resta no 2 de outubro é vestir o traje do “patriotismo” e depositar o voto na urna e dar aquela descarga!

Boas-tardes, “brasileiros e brasileiras!”