A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... A VERDADE... A VIDA... A VONTADE... O SOL NÃO EXISTE... 31º ato.

A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... A VERDADE... A VIDA... A VONTADE... O SOL NÃO EXISTE... 31º ato.

O SOL NÃO EXISTE... 31º ato.

GILBERTO CARVALHO - O HOMEM do CARRO PRETO de SANTO ANDRÉ (26ª parte).

Afinal, quem foi, quem é, e o que quer o BARBUDO e ENVELHECIDO LULA? Como foi o início da vida de Lula? Como GILBERTO CARVALHO conheceu o SAPO BARBUDO? – 4º Capítulo.

Promulgada a CONSTITUIÇÃO “CIDADÔ de 1988, ficou estabelecido que em 1989 deveria haver Eleições Diretas para o cargo de Presidente da República Federativa do Brasil.

O Senhor JOSÉ RIBAMAR SARNEY, que NUNCA foi ELEITO PRESIDENTE da REPÚBLICA, em comum acordo com o eterno DEPUTADO FEDERAL ULYSSES GUIMARÃES (e outras impolutas autoridades), achou um jeitinho de deixar Sarney no cargo de PRESIDENTE da REPÚBLICA, durante CINCO longos anos.

Quem foi eleito para a PRESIDÊNCIA da REPÚBLICA foi o mineiro TANCREDO NEVES, tendo como candidato à VICE-PRESIDÊNCIA o maranhense JOSÉ RIBAMAR SARNEY, através do chamado COLÉGIO ELEITORAL.

Ou seja, eram os DEPUTADOS FEDERAIS e os SENADORES da REPÚBLICA, de todo o Brasil, que em BRASÍLIA, ELEGIAM o PRESIDENTE e o VICE da REPÚBLICA. Era uma ELEIÇÃO INDIRETA que era feita por CIVIS, ao invés de ser feita por MILITARES. Foi eleito o civil Tancredo Neves e o civil José Sarney respectivamente.

Porém, o mineiro TANCREDO NEVES adoeceu antes do dia da posse, e, foi internado no Hospital de Base de Brasília. Todavia, como a enfermidade piorava Tancredo Neves foi transferido para um Hospital de São Paulo. Cada dia era uma agonia. O enfermo foi submetido há várias cirurgias.

Finalmente o mineiro Tancredo Neves faleceu no dia 21 de abril de 1985, dia em que se comemora a data da morte do mineiro Tiradentes. Coincidência o dia da morte? Não. Foi tudo cronologicamente planejado! Os detalhes sobre a evolução da doença de Tancredo Neves eram fornecidos diariamente, em horário nobre, pelo jornalista Antônio Britto. Com a colaboração “prestimosa” da Rede Vênus Platinada, hoje a decadente REDE ESGOTO de TELELIXO e de LIXO.

Com o surgimento da enfermidade de Tancredo Neves e do seu internamento hospitalar, assume a PRESIDÊNCIA provisoriamente o maranhense JOSÉ RIBAMAR SARNEY. Com a morte “inesperada” de Tancredo Neves, José Sarney assume o cargo de PRESIDENTE da REPÚBLICA definitivamente.

Tudo certo? Não. Tudo errado. Quem deveria assumir provisoriamente o cargo de PRESIDENTE no lugar de Tancredo Neves, era o PRESIDENTE da CÂMARA dos DEPUTADOS, o paulista ULYSSES GUIMARÃES, e, dentro de 30 dias, deveria ser realizada novas ELEIÇÕES INDIRETAS pelo COLÉGIO ELEITORAL, para escolher um novo PRESIDENTE e um novo VICE-PRESIDENTE. E, isto não aconteceu!

O que importava para a oposição oportunista é que ficasse um CIVIL. A começar por Tancredo, um CIVIL que morreu. Depois Ulysses, um CIVIL que fugiu. Finalmente Sarney, um CIVIL que assumiu.

Após a posse do CIVIL, um grupo deles, em nome da DEMOCRACIA, como era de se esperar, acharam por bem criar um utópico ESTADO. E criaram. Criaram o ESTADO DEMOCRÁTICO.

Era um grupo de advogados. Advogados, de um modo geral não participam de confusões. Eles com as suas leis apenas criam confusões, e, dão no pé.

Para dar uma TONALIDADE JURÍDICA (ordenamento jurídico), eles acharam por bem acrescentar a palavra DIREITO no novo ESTADO. Assim, surgiu o ESTADO DEMOCRÁTICO de DIREITO. E deram no pé...

A partir de então, em nome deste novo ESTADO a bagunça começou. Aos poucos. Aos pouquinhos. Devagar. Devagarzinho.

O lema da BANDEIRA NACIONAL – ORDEM e PROGRESSO – foi sendo substituído gradativamente por DESORDEM e REGRESSO. A princípio não apagaram o lema e nem queimaram bandeiras, nada disto. Apenas a tratavam com desdém. Com indiferença.

Aos poucos a nossa bonita BANDEIRA NACIONAL deixou de ser hasteada e o nosso melodioso HINO NACIONAL deixou de ser cantado nas escolas.

Hasteavam e tocavam em ocasiões muito especiais, como no DIA da INDEPENDÊNCIA NACIONAL (07 de setembro) e no dia da PROCLAMAÇÃO da REPÚBLICA (15 de novembro).

No dia da Proclamação da República acho que era pouco hasteada. E, o HINO NACIONAL foi caindo no esquecimento. E, no lugar do HINO NACIONAL surgiram a baladas de todos os tipos e ritmos. Aqui BALADA se mistura com DOPADA e com TOPADA. Entenderam?

Ouvi falar que uma meritíssima Juíza do Rio Grande do Sul, chegou a proibir o uso da BANDEIRA NACIONAL por razões políticas, a partir do mês de agosto próximo (2022).

Acontece que a BANDEIRA NACIONAL é um SÍMBOLO NACIONAL em todo o território brasileiro, e que, até mesmo em navios de passageiros e em embarcações mercantes, pelo mundo afora, ela é usada para identificar que se trata de um transporte brasileiro, portanto um PATRIMÔNIO do BRASIL.

Há quem diga que a meritíssima Juíza gaúcha, quer mudar a atual BANDEIRA NACIONAL, por uma BANDEIRA vermelha com o lema: - FOICE e MARTELO.

Outros adiantam que a nova BANDEIRA NACIONAL deverá ter a SUÁSTICA NAZISTA com o lema: - GAÚCHOS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS. Ou é uma brincadeira de péssimo gosto ou é coisa de doido. Caso de POLÍTICA, caso de POLÍCIA ou caso de SAÚDE MENTAL? Não sei.

Roupas verdes e amarelas estão proibidas, bonés verdes e amarelos estão proibidos, a CBF não poderá usar o tradicional uniforme verde e amarelo nos jogos da seleção nacional de futebol (serão presos os cartolas e os jogadores), canetas e lápis de cores verdes e amarelas estão proibidos nas escolas e nas repartições públicas, carros de cor verde e amarela serão retirados das ruas.

A música do grupo Mamonas Assassinas (“BRASÍLIA AMARELA”) só poderá ser tocada em puteiros de cor vermelha (não poderá ser tocada em outros ambientes públicos). Cosméticos verdes e amarelos terão as fábricas fechadas.

Enfim, no tocante as indumentárias, só serão permitidas o uso de calcinhas e cuecas verdes e amarelas. Ou a calcinha é verde ou a calcinha é amarela. Ou a cueca é verde ou a cueca é amarela. As calcinhas verdes e amarelas (com as duas cores), só poderão ser utilizadas por AUTORIDADES FEMININAS, desde que estejam utilizando mini-saias, vestidos curtinhos, shortinhos, etc., para facilitar a fiscalização. Fiscalização de quê? FISCALIZAÇÃO das FISCAIS. Ou gente burra da gota serena!

Alô ambientalistas! A FLORESTA AMAZÔNICA não poderá mais ter a cor verde. Tem de pintar de branco ou de preto. É no par ou ímpar. IBAMA sentido! Se vire de qualquer jeito! Assinado as FISCAIS.

Aos trancos e barrancos, o Presidente não eleito Sarney foi empurrando com a barriga e com o bigode a REPÚBLICA com bananas, com carros, com as estradas, com as empreiteiras, com o carnaval, com o futebol e com a região amazônica, etc. A inflação lá em riba. Tancredo era advogado. Ulysses era advogado. Sarney era advogado. O “novo” ESTADO DEMOCRÁTICO de DIREITO, ora ia para a direita, ora ia para a esquerda, ora não sabia pra onde ia...

AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS de 1989.

A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL de 1989 no Brasil foi realizada em um dois turnos. O primeiro aconteceu em uma quarta-feira, 15 de novembro de 1989, e o segundo em um domingo, 17 de dezembro de 1989.

Foi a primeira eleição presidencial do país após a Promulgação da Constituição Federal de 1988.

No total, 22 candidatos a Presidente e 22 a Vice-presidente do Brasil concorreram na eleição.

Os principais candidatos à presidência foram: - O LIBERAL Fernando Collor de Mello (PRN, atual AGIR), o SINDICALISTA Luís Inácio Lula da Silva (PT), o TRABALHISTA Leonel Brizola (PDT), e o SOCIAL-DEMOCRATA Mário Covas (PSDB).

CONTEXTO HISTÓRICO.

Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves venceu a eleição para Presidente da República do Brasil no Colégio Eleitoral, encerrando o Regime Militar no país.

Entretanto, Tancredo morreu, e quem assumiu o cargo foi seu vice, José Sarney, visto com suspeita pela população, pois ele fazia parte de uma dissidência da Aliança Renovadora Nacional – ARENA - (rebatizada de Partido Democrático Social em 1980), o partido dos militares, que mais tarde formaria o Partido da Frente Liberal (atual União Brasil).

Isso sem contar que havia Dúvidas Constitucionais sobre se era Sarney ou o então Presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, quem deveria assumir o cargo.

Foi decisivo o apoio do General Leônidas Pires Gonçalves, indicado por Tancredo Neves como Ministro do Exército, para que a posse de Sarney se concretizasse.

Entretanto, conforme prometido, o governo Sarney redemocratizou o país e, em 1986, ocorreram eleições para formar a Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou uma nova constituição em 05 de outubro de 1988.

A Constituição de 1988, determinava a realização de Eleições Diretas para Presidente no ano seguinte (1989).

Durante o governo Sarney, partidos até então clandestinos, como o PSB, o PCB e o PC do B, foram legalizados.

A contenção do aumento inflacionário, herança do Regime Militar, foi outro desafio que teve de ser enfrentado pelo governo de José Sarney.

Para tal, foram feitos sucessivos programas econômicos que não solucionaram o problema da inflação, pelo contrário, agravando ainda mais a crise inflacionária do país.

O primeiro plano foi proposto pelo ministro da Fazenda Dílson Funaro, que consistiu na criação de uma nova moeda por meio do Plano Cruzado, o congelamento dos salários e preços, o incentivo à produção.

Apesar dos resultados positivos no início, as taxas de inflação anuais chegaram ao índice de mais de 367%, entre 1986 e 1987.

Também se estimulou o consumidor a controlar os preços. Os chamados “FISCAIS do SARNEY” denunciavam ao governo os estabelecimentos que não cumpriam com os preços indicados aos produtos, assim os produtos começaram a sumir dos mercados e a inflação continuou a aumentar.

Em novembro de 1986, foi anunciado o Plano Cruzado II, que congelou os preços muito acima da realidade do mercado. Em maio de 1987 a inflação já ultrapassava a casa dos 20% ao mês. O fracasso do plano provocou a queda do Ministro da Fazenda.

Dois novos planos econômicos foram implantados no governo Sarney, o Plano Bresser, sob a orientação do novo Ministro Luís Carlos Bresser Pereira, e o Plano Verão, anunciado em janeiro de 1989, sob a orientação do último Ministro da Fazenda do governo Sarney, Maílson da Nóbrega.

Como os demais planos, ambos não conseguiram os resultados pretendidos.

Outras medidas de destaque do governo Sarney foram a criação do Ministério da Cultura, a retomada das Relações Diplomáticas com Cuba, e o ingresso no Mercosul.

A INTERNET chega ao Brasil em 1988 por decisão inicial da Sociedade de Estudantes e Professores Universitários Paulistanos (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, liderada por Oscar Sala) e cariocas (Universidade Federal do Rio de Janeiro e Laboratório Nacional de Computação Científica).

No entanto, será somente a partir de 1996, no governo de Fernando Henrique Cardoso, que a INTERNET brasileira passará a ter seus BACKBONES próprios inaugurados por Provedores Comerciais, iniciando assim o desenvolvimento dessa REDE de TELECOMUNICAÇÕES.

Assim sendo, chega-se ao ano das Eleições Presidenciais. As eleições de 1989 foram as primeiras desde 1960 em que os cidadãos brasileiros aptos a votar escolheram seu Presidente da República.

Por serem relativamente novos, os partidos políticos estavam pouco mobilizados e vinte e duas candidaturas à presidência foram lançadas.

Essa quantidade expressiva de candidatos mantém o recorde de eleição presidencial com mais candidatos - número que passaria a 23 caso o ex-presidente Jânio Quadros, cujo nome foi cogitado para a disputa, não abdicasse de sua pré-candidatura em decorrência de seus problemas de saúde.

Foi também a primeira eleição na qual uma mulher disputou o posto mais elevado da República - Lívia Maria, do Partido Nacionalista (PN).

Como nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, excluídos os brancos e nulos, a eleição foi realizada em dois turnos, conforme a então NOVA LEI PREVIA.

O primeiro foi realizado em 15 de novembro de 1989, data que marcava o Centésimo Aniversário da Proclamação da República, e o segundo em 17 de dezembro do mesmo ano.

Foram para o segundo turno os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva, da coligação encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, e Fernando Collor de Mello, da coligação encabeçada pelo PRN.

Diversos veículos de imprensa noticiaram forte favorecimento por parte da Rede Globo (ver Críticas à Rede Globo) no debate presidencial do segundo turno a Collor, em relação a Lula. Em 2009, Collor admitiu que teve vantagem na disputa.

LULA da SILVA.

A campanha eleitoral de Lula da Silva em 1989 foi suportada pela Frente Brasil Popular (FBP), que foi uma coligação partidária composta por TRÊS partidos: - Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PC do B) e Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Até julho de 1989, o Partido Verde (PV) era o quarto partido da frente. Este, por sua vez, lançara o Escritor e atualmente ex-deputado federal Fernando Gabeira como pré-candidato a vice-presidente na chapa de Lula.

Todavia, a vaga também era disputada por Bisol, que teve seu nome confirmado em julho do ano em curso, forçando assim a saída dos verdes da coligação, bem como o lançamento forçado da candidatura própria de Gabeira ao Palácio do Planalto. O PV era contra a indicação de Bisol para vice na chapa do petista.

Disputaram o SINDICALISTA e então DEPUTADO FEDERAL Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cabeça-de-chapa e o senador José Paulo Bisol (PSB) como candidato a vice-presidente.

Lula fora para o segundo turno e acabou derrotado pelo ex-governador alagoano Fernando Collor de Mello, do Movimento Brasil Novo (PRN/PSC/PTR/PST), obtendo 46,96% dos votos válidos.

Em setembro de 2015, diversos partidos políticos, movimentos sociais, sindicatos e personalidades lançaram uma coalizão homônima, também de viés de esquerda.

SEGUNDO TURNO.

Houve dois debates presidenciais. Um realizado pela TV Manchete, e o outro, pela Rede Bandeirantes.

Um pool foi formado entre as Emissoras Globo, SBT, Manchete e Bandeirantes, transmitindo ambos os debates das 21h30 às 00h00.

Resultado das Eleições – 1º Turno – 15 de novembro de 1989.

1º - Fernando Collor de Mello – (PRN) + Itamar Franco – (PRN).

20. 611.011 – 30,47%.

2º - Luiz Inácio Lula da Silva (PT) + José Paulo Bisol (PSB).

11.622.673 – 17,18%.

3º - Leonel Brizola – (PDT) + Fernando Lyra – (PDT).

11.168.228 – 16,51%.

4º - Mário Covas – (PSDB) + Almir Gabriel – (PSDB).

7.790.392 – 11,51%.

7º - Ulysses Guimarães – (PMDB) + Waldir Pires – (PMDB).

3.204.932 – 4,73%.

Observações do escriba:

1ª - No 1º turno Lula teve 11.622.673 dos votos válidos = (17,18%.) Já Brizola teve 11.168.228 dos votos válidos = (16,51%.) Votos de Lula = 11.622.673 – Votos de Brizola = 11.168.228 – Diferença entre Lula e Brizola = 454.445 de votos (ou seja, menos de meio milhão de votos entre os dois candidatos). Percentagem de Lula – (17,18%.) Percentagem de Brizola – (16,51%.) Diferença entre as duas percentagens: - (17,18% - 16,51% = 0,67%.)

2ª - Na eleição presidencial de 1989 existiam 82.074.718 (55,53%) de pessoas aptas para votar. E, no 1º turno da eleição, 67.631.012 dos votos foram válidos.

3ª- A - Collor no 1º turno teve 20.611.011 de votos válidos.

B – Lula no 1º turno teve 11.622.673 de votos válidos.

C – Brizola no 1º turno teve 11.168.228 de votos válidos.

4ª – A soma dos votos de Lula com os votos de Leonel Brizola no 1º turno foi igual à 22.790.901 de votos válidos. Ou seja, os dois juntos teriam 22.790.901 (votos de Lula + votos de Brizola) – 20.611.011 (votos de Collor) = 2.179.890 votos de diferença pró (Lula+ Brizola).

5ª – A Palavra de Ordem de Brizola foi pedir aos seus eleitores que todos votassem em Lula no 2º turno. E foi praticamente isto o que ocorreu. E, Collor e seus colaboradores, inclusive a REDE KANE, sabia que tal fenômeno poderia acontecer. O negócio agora era jogar aparentemente sujo, ou descaradamente sujo.

6ª - Então o candidato Collor e seu grupo, junto com a GLOBOLIXO avançaram sobre a vida pessoal de Lula, envolvendo uma das suas namoradas. Para a época, um tema muito tabuzento. Um suposto ABORTO. (vem logo após o resultado do 2º turno).

Resultado das Eleições – 2º Turno – 17 de dezembro de 1989.

1º - Fernando Collor de Melo – (PRN) + Itamar Franco – (PRN).

35.089.998 – 53,03%.

2º - Luiz Inácio Lula da Silva – (PT) + José Paulo Bisol – (PSB)

31.076.364 – 46,97%.

Votos no 2º turno de Collor = 35.089.998 (53,03%). Votos no 2º turno de Lula = 31.076.364 (46,97%). Diferença entre Collor e Lula – 35.089.998 – 31.076.364 = 4.013.634 votos. Percentagem de Collor = (53,03%.) Percentagem de Lula= (46,97%.). Diferença entre os dois finalistas = (53,03% - 46,97% = 6,06%).

O caso Miriam Cordeiro, Lurian Cordeiro e o Candidato Lula.

EDUARDO GUIMARÃES é responsável pelo BLOG da CIDADANIA - BRASIL 247 – 21 de fevereiro de 2015.

INDÚSTRIA de MENTIRAS sobre LULA funciona sem parar há 25 anos.

A vida confortável de MIRIAM. “Só sei que eles estão pagando tudo”. Matéria do Jornal do Brasil sobre a vida confortável da ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro.

E o que é mais surpreendente é que, de certa forma, os DONOS dessa INDÚSTRIA são os mesmos de 25 anos atrás (Foto: Eduardo Guimarães).

Todos sabem qual foi a primeira grande mentira pública sobre Lula. No SEGUNDO TURNO da Campanha Eleitoral à Presidência de 1989, MIRIAM CORDEIRO, ex- namorada do então candidato do PT à Presidência, Lula, APARECEU no PROGRAMA ELEITORAL de seu adversário, Fernando Collor, para acusar o PAI da FILHA, LURIAN de Supostos DEFEITOS MORAIS.

Rapidamente, Lula conseguiu direito de resposta no Tribunal Superior Eleitoral. A eleição em segundo turno ocorreria em poucos dias e não havia tempo a perder.

Porém, já era tarde. Ficara a versão de Lula contra a da ex-mulher. Ela o acusara de ser “racista”, “abortista” e de desprezar a filha que tinham tido, Lurian. O prejuízo eleitoral era insanável.

Lula ainda tentou uma última cartada para desfazer a farsa. A pedido da filha, então adolescente, levou-a ao seu Programa Eleitoral, porém sem que ela abrisse a boca, o que só faria publicamente muitos anos depois, confirmando tudo o que o pai afirmara sobre a relação dos dois naquele final de 1989.

A menina muda, ao lado de Lula, não foi tão convincente quanto à verborragia de uma ex-mulher que o odiava e que, além disso, tinha bom$ motivo$ para difamá-lo.

Anos mais tarde, em entrevista ao Jornal do Brasil, Miriam Cordeiro revelou que fora paga por Collor para caluniar o pai de sua filha naquele infame programa eleitoral.

Pulemos um quarto de século. Dezembro, final de 2014. O Jornal O Globo, que apoiara a estratégia eleitoral de Collor contra Lula, em 1989, divulga matéria afirmando que Lula seria dono de um imóvel de luxo no Guarujá, que estaria reformando, apesar de que o ex-presidente nem tinha as chaves.

Aquela deve ter sido a milionésima mentira assacada contra o ex-presidente da República ao longo de sua carreira política.

Mas talvez nem o próprio Lula tenha se dado conta de que aquela mentira era especial, porque fora espalhada no aniversário de 25 anos, da primeira grande calúnia que sofreu: - A que usou Miriam Cordeiro.

Nem um mês depois, agora na primeira semana de janeiro último, surge outra invenção contra o ex-presidente.

Teria um câncer gravíssimo, no pâncreas, onde a cura é extremamente difícil. Ou seja, estaria desenganado. Mais uma vez, ele teve que se mobilizar para desmentir uma invenção.

Mais um mês, mais uma farsa contra Lula. Alguns dirão que talvez seja a pior, mas este que escreve julga que foi apenas a mais bizarra, pois, agora, já se poderia dizer que não falta inventarem mais nada contra ele.

Sim, Lula, agora, já pode dizer que foi acusado até de ter morrido. E se quiserem atribuir essa farsa inacreditável ao “submundo da internet”, não rola.

Dez dias após a penúltima mentira, a revista Veja não apenas inventou um neto de 03 anos para o petista.

Também inventaram que a festa de aniversário da criança imaginária custaria 220 mil reais e presentearia cada convidado com um I-Pad.

Há um quarto de século funciona uma infame indústria de calúnias contra Lula. E o que é mais surpreendente é que, de certa forma, os donos dessa indústria são os mesmos de 25 anos atrás, se considerar-mos que Collor não passou de um títere dos mesmos impérios de comunicação que caluniam Lula sem parar desde 1989.

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Eu não sei para quem o Brasil 247 escreve politicamente. O que eu sei é que 2 + 4 + 7 = 13. E 13 é o número do PT e de Lula. Então...

Não encontrei ainda na INTERNET a presença de MIRIAM CORDEIRO no debate televisivo (2º turno). Penso que ela não foi presencialmente ao debate (talvez não fosse nem permitido na época). Existem certas regras rígidas eleitorais que todos os candidatos devem respeitar. Não sei se foi o caso.

Mas, assisti uma entrevista de MIRIAM CORDEIRO em um programa de televisão, no qual ela afirma ter recebido dinheiro de Lula para fazer um ABORTO quando estava GRÁVIDA de Lurian.

Ela não fez o ABORTO, tanto que a LURIAN apareceu no programa eleitoral. Esta sim pode aparecer no programa. A Lurian não falou absolutamente nada. No entanto Lula disse que Lurian tinha apenas 15 anos (a informação está correta, pois ela nasceu em 1974).

Lula disse que Lurian havia nascido de um amor. Foi mesmo? Depois Lula disse que a MIRIAM CORDEIRO tinha mais dois filhos, (naturalmente com outro homem) e que isto não era um bom exemplo (ou algo parecido). Lula tentou ofender a ex-namorada, o que me pareceu um erro extremamente grosseiro.

O que Lula omitiu na época foi que em 1974 - (no mesmo ano em que nasceu Lurian Cordeiro) -, ele já estava namorando MARISA LETÍCIA e, ainda, neste mesmo ano de 1974 ele iria se casar com a “galeguinha dos olhos azuis”.

A propósito de MIRIAM CORDEIRO (não confundir com a MIRIAM DUTRA funcionária da REDE KANE e amante de Fernando Henrique seboso), ela disse com todas as letras do alfabeto minúsculo e do alfabeto maiúsculo, que Lula era RACISTA.

Também, benditos leitores, não confundir as anteriores MIRIAM (S) com a MIRIAM BELCHIOR, pois, esta última foi casada com o Prefeito de Santo André (PR) CELSO DANIEL, que em janeiro de 2002, foi sequestrado, seviciado, torturado e assassinado por marginais “marcianos”, e, além disto, tinha suspeitos laços de amizade com o “padre” GILBERTO CARVALHO, “padre” este, que no final de 2002 começou a trabalhar ao lado do BARBUDO IMPOLUTO, em Brasília (DF). Mas, aí é outra história.

Também, benditas leitoras, não confundir as três já mencionadas MIRIAM (s) com a velhota da REDE GLOBOLIXO a também decadente MIRIAM LEITÃO (ou se preferirem da REDE KANE), uma suposta economista que só sabe falar da letra “é”. Se num comentário dela não for dito a letra “é” de 10 a 20 vezes, não “é” ela quem está falando.

Quando MIRIAM CORDEIRO deu a entrevista ela estava falando sério, estava ainda enamorada do Lula, e disse que não votaria em um homem que a havia pressionado, oferecendo-lhe dinheiro para fazer um ABORTO do seu FILHO (na época era difícil saber o sexo da gestante). A filha, LURIAN CORDEIRO, Lula só veio a conhecer quando ela estava com quatro anos de idade, por causa de uma doença que a acometia, lá no SINDICATO onde Lula já era um dos CHEFÕES.

MIRIAM CORDEIRO ao afirmar que ele era RACISTA, disse que ele detestava negro, que ele nunca suportou negro, e que quando via negro no aparelho de televisão ficava nervoso. O Santo Lula era ABORTISTA e RACISTA. Além de MACHISTA. Ou vocês esqueceram a história do “güelo duro”. E sempre FAMINTO (com duplo sentido!). Só fala de FOME (disfarce ideológico?)!

AINDA MIRIAM e LURIAN CORDEIRO.

Questões político-familiares – “MEU PAI NÃO VAI SER PRESO”

REVISTA PIAUÍ.

*Paula Scarpin – 07 de junho de 2017 – 16 horas e 17 minutos.

Sob a sombra de uma iminente condenação do pai, a PRIMOGÊNITA de LULA, LURIAN CORDEIRO da SILVA, assume cargo em Diretório do PT Fluminense para reforçar o único reduto eleitoral do Partido no Estado.

Por volta das oito horas da noite de ontem, terça-feira, o salão do ROTARY CLUB de MARICÁ – entre Niterói e a Região dos Lagos, no Rio de Janeiro –, que costuma ser decorado em tons de ROSA para as festas das DEBUTANTES da cidade, estava tomado de VERMELHO ESCARLATE.

Cadeiras de acrílico transparente enchiam o ambiente e bandeiras do Partido dos Trabalhadores cobriam uma mesa comprida, que fazia as vezes de púlpito, no evento que movimentou a rotina política da cidade.

Vestida com uma camiseta regata preta e minissaia cinza, Lurian Cordeiro da Silva, filha primogênita do ex-presidente Lula, sorria para cada um dos correligionários que discursava enaltecendo sua presença e emendando máximas como “Fora, Temer” e “Lula 2018”.

O clima era de festa, mas o ambiente era de Assembléia Partidária. Antes de passar-lhe finalmente a palavra, o apresentador puxou um coro de “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”, e anunciou em tom solene:

“Maricá é um município abençoado por agora ter na Presidência do nosso PT a filha do nosso eterno presidente Lula.” Os mais de 200 presentes aplaudiram em uníssono. Ela tomou o microfone, agradeceu e falou como política profissional usando frases como “O NOSSO SONHO é o PESADELO da DIREITA”, e “eu vim para Maricá com muita sede de construir”.

Em certo momento, disse: “Acho que é uma coisa genética, não é?”

Quando se fez um coro em homenagem a militantes que morreram recentemente, foi Lurian quem puxou a frase “Marisa Letícia, presente!”, sendo ovacionada em seguida.

Vítima de um AVC, a segunda mulher de Lula, e, madrasta de Lurian morreu em fevereiro. O ex-presidente está processando a revista VEJA, que estampou na capa uma reportagem defendendo que, para se livrar das acusações de que teria ganho da construtora OAS um tríplex no Guarujá, Lula teria jogado a culpa na conta da mulher morta durante seu depoimento ao Juiz Sérgio Moro.

Ao final dos discursos, já como a nova Presidente do PT de Maricá, Lurian atendeu aos pedidos de selfies e fotos em grupo por mais de uma hora.

Uma bandeira do partido, fixada com fita crepe, já despencava da parede quando ela resolveu atender aos apelos da filha e voltar para casa.

“Desde que eu virei avó, não tem mais essa de vale night”, despediu-se com o bebê no colo.

Na véspera, havíamos almoçado no seu restaurante preferido em Maricá: - Um quiosque em frente a uma das lagoas da cidade, cujo carro-chefe é o pastelzinho de camarão. “Vamos dividir um prato? Eu fiz cirurgia bariátrica, não agüento comer muito”, propôs.

Em seguida explicou: - “Tive um problema seriíssimo de tireóide por causa de abuso de cortisona em remédio para o nariz. Cheguei a engordar oito quilos em uma semana, você acredita?”

Além de mais magra, Lurian parece mais jovial e bronzeada do que nas fotos disponíveis no Google. “Outro dia fiz um teste no Facebook e deu que eu tenho 26 anos. Para uma vovó de 42, tá bom, né?”, afirmou numa gargalhada.

Exalando bom humor ainda que a situação política do pai esteja envolta em nuvens negras, Lurian contou que Lula havia ficado feliz quando soube que ela fora indicada para mandar no Diretório de Maricá. “Se é isso o que você quer…”, ele disse à filha antes de advertir que seria preciso “arregaçar as mangas”.

Ela tomou um gole de Coca-Cola e esclareceu o conselho. “A gente está numa situação de muita vulnerabilidade. Então tem que colocar na frente do Partido aqueles que vão segurar a onda mesmo. Tem que ter Gente Nossa”, disse, pontuando a explicação com leves socos na mesa.

Por “Gente Nossa”, Lurian não se referia à Família em si, mas aos Militantes de longa data. Hoje, ela é a única dos filhos do ex-presidente a se engajar na agenda do partido. “O Marcos (Cláudio, filho de Marisa Letícia, adotado por Lula) chegou a ser Vereador em São Bernardo, mas não se reelegeu”, disse.

Ela disse não gostar do título de “Herdeira Política” de Lula, porque diz que nunca ambicionou um cargo no Executivo. “Meu negócio é a base, articulação. Faço política desde criança”, disse. E enumerou: - Com onze, primeira candidatura de Eduardo Suplicy à Prefeitura de São Paulo, ela distribuía santinhos na escola. Com doze, propagandeava a constituinte. “Tem filho de político que pega asco da política, não é? Mas acho que é porque eles sentem que a política roubou o pai deles. Pra mim, nunca faltou atenção.”

Os pasteizinhos chegaram e a conversa continuou. Estava claro que Lurian evitava comentar o pesadelo político no qual o pai está mergulhado. Ainda que aparecesse na frente das pesquisas eleitorais como favorito ao Planalto em 2018, o ex-presidente vive à sombra de uma condenação no PROCESSO da LAVA JATO – em que já é réu em cinco processos –, o que pode impedi-lo de se candidatar e, eventualmente, levá-lo para trás das grades.

Ela disse acreditar que ele não será preso. “Primeiro que eu confio nele. Depois, ele tá muito bem assessorado.”

Ela preferia falar sobre como Lula ainda era admirado pela população. Contou que, na semana anterior, estava com o pai no Congresso que elegeu Gleisi Hoffmann como a nova Presidente do Partido.

Na hora do almoço, reuniram-se no restaurante da Tia Zélia, reduto dos petistas locais. “Ele chegou de surpresa e você não tem ideia da emoção. Teve uma garçonete que até desmaiou”, contou Lurian. “Ele tem uma energia que é inacreditável.” Perguntei como eles tinham reagido à notícia, publicada no portal G1 no final de semana, que dizia que o Ministério Público Federal pedira a prisão de Lula.

“Eu não leio nada da Globo, só soube porque o Cristiano (Zanin, um dos advogados de Lula) fez um vídeo no Facebook contando que não fazia sentido.”

Na única vez que ela arriscou a tratar das consequências das investigações da Lava Jato, comentou a falta de proporcionalidade na punição de políticos que faziam oposição a seu pai. Sem citar o nome do senador tucano Aécio Neves, ela produziu um diálogo consigo mesma para ilustrar sua indignação.

“Compra o apê da minha mãe de 40 milhões”, disse em alusão à proposta da empresária Andrea Neves, irmã do senador afastado.

De acordo com o Ministério Público Federal, ela pediu 40 milhões de reais ao dono da JBS, Joesley Batista, “para comprar um apartamento” da família no Rio de Janeiro.

A revelação foi feita pelo próprio empresário à Justiça. “Oi? Como é que é? Nada acontece? Todo dia é um áudio novo deles. E não é como o áudio do meu pai com a Dilma, que não tem nada que incrimine”, emendou Lurian.

Em seguida, ela contou também ter sido grampeada pela Polícia Federal, que divulgou os áudios: - “Só ficaram zoando porque eu chamo meu pai de gato. É crime? Aposto que a filha do cara que divulgou só o chama de barango”, observou.

O mutismo de Lurian sobre a vida dos Silva depois da Lava Jato me levou a falar com ela mais de uma vez, dois dias depois de nosso almoço, por telefone.

“Disso eu não tenho nada para falar. Tô tranquila aqui em Maricá e quando teve a coercitiva nem vieram na minha casa porque eu não tenho nada a ver com isso”, afirmou se referindo ao dia em que o pai foi levado para prestar depoimento, que ocorreu no aeroporto de Congonhas.

A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de todos os meios-irmãos de Lurian. De uma das residências, levaram até iPads dos netos do ex-presidente. “Se tivessem pegado o do meu filho, eu ia partir para cima”, disse Lurian.

Ela estava visivelmente contrariada em falar do assunto. “E se você quiser falar de Lava Jato, liga pro Chrispiniano, eu tô fora”, encerrou a conversa citanda o assessor de imprensa do Instituto Lula, em São Paulo.

Filha de um relacionamento fugaz de Lula com Miriam Cordeiro – que nas eleições de 1989 foi usada por Fernando Collor de Mello para atacar o petista durante a campanha –, Lurian sempre teve um bom relacionamento com o pai.

Quando ele se casou com Marisa Letícia, ela foi incorporada à nova família e sempre se mantiveram próximos ainda que a mãe tivesse ciúmes. “A Marisa sempre foi ótima para mim”, lembrou.

O estrago do depoimento da mãe de Lurian na primeira campanha de Lula à presidência até hoje é lembrado. Na época, ela disse que Lula havia lhe oferecido dinheiro para abortar a filha. Lurian já tinha então 15 anos e, apoiada pela avó e pela tia que a criavam - ambas Militantes Petistas – não pestanejou e tomou partido do pai.

“Na minha certidão está escrito: - ‘Foi declarante o pai’. Acabou”, disse, dando um murrinho na mesa. Depois de um segundo de silêncio, caiu sozinha na gargalhada, como se tivesse se lembrando de algo. “Você viu aquele vídeo absurdo? Eu não parecia um poodlezinho com aquele cabelo?”

Argumentei que os cortes anos 80 estão de volta, e ela, passando as mãos nos cabelos alisados, disse: - “Deus me livre.” E continuou: “Eu, na rebeldia de adolescente, queria falar, né? Defender ele. Mas ele não deixou. Preferiu me preservar.”

Lurian nunca chegou a morar com o pai, mas diz que é raro o dia em que eles não se falam. Quando perguntei se ela falava com a mãe com a mesma frequência, ela disse que nem tanto – mas logo ficou ressabiada com o rumo da conversa: - “Eu só falo mais com o meu pai porque além do papo de pai e filha, a gente tem muito assunto do partido.

Não é que eu esteja rompida com a minha mãe, hein, pelo amor de Deus! Isso faz muito tempo!”

Depois da exposição involuntária, Lurian fugiu dos holofotes. Ficou um ano sem falar com a mãe – “mas depois perdoei, mãe é mãe, não é?” – e chegou a ficar fora do país até a poeira baixar.

A Militante Petista e herdeira da CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ, Marília Andrade, convidou-a para passar UM ANO em sua CASA em PARIS.

“Já nessa época inventavam que eu estava ganhando MESADA de EMPREITEIRA”, disse em tom de revolta. “Mas nada a ver, EU TRABALHAVA de BABÁ pra comprar minhas coisinhas”, disse. “E pra mim foi ótimo, aprendi francês, estudei no Lycée Molière.”

Ao fim de um ano na França, Lurian voltou para a casa da avó materna, Beatriz, em São Bernardo do Campo.

Em 1996, ela se aventurou na política e saiu candidata à Vereadora por São Bernardo do Campo. Teve apenas 1.598 votos. Logo em seguida, engravidou. Conseguiu se formar em jornalismo, mas disse nunca ter conseguido espaço na grande imprensa por ser filha do Lula.

Ela gosta de contar que seus primeiros empregos relacionados à política não tinham qualquer vínculo com o PT.

Passou um tempo afastada da vida pública e, em 2008, foi convidada para trabalhar na Secretaria de Desenvolvimento Social, na cidade de São José, em Santa Catarina.

“O prefeito era do PSB. Precisei até me licenciar para trabalhar lá.” Três anos mais tarde, ela voltou a São Paulo para trabalhar com Gabriel Chalita, então recém-filiado ao PMDB e eleito deputado federal. “A gente se conheceu na (Igreja) Canção Nova, ele é um irmão para mim”, disse.

A parceria foi desfeita no final de 2011, quando ele decidiu concorrer à Prefeitura de São Paulo no ano seguinte.

“Meu sonho era uma chapa Chalita-Haddad, mas não teve jeito. Preferi não me envolver.”

Ainda que não estivesse na vida política, a política a rodeava por todos os lados. E foi num congresso do PT em Brasília, em janeiro de 2012, que ela foi apresentada ao então Prefeito de Maricá, Washington Siqueira, o “Quaquá”.

Naquele momento, o Estado do Rio de Janeiro vivia o pico de Arrecadação dos Royalties do Petróleo, e Maricá era a cidade mais beneficiada do Estado.

Quaquá tinha grande aprovação do eleitorado, e sua reeleição era dada como certa. Durante o evento, ele convidou a filha de Lula para passar o Carnaval na cidade.

“Aí, primeiro eu desfilei na Gaviões, no Rio, que Homenageou meu Pai naquele ano, depois eu vim pra cá. E não quis mais voltar”, disse, em tom de troça.

Foi quando arrumou seu primeiro emprego como jornalista na revista Maricá Já, de propriedade da mulher de Quaquá, Rosângela Zeidan, na qual escrevia sobre “cultura e sociedade”. Daí até estreitar os laços com a política local não demorou muito. “Eu tenho uma qualidade de vida aqui, que é uma questão de relações.

“O PT tem uns 3.000 filiados, eu acho que me relaciono com pelo menos 2.500”, gabou-se. Foi em Maricá também onde Lurian conheceu o novo “namorido”, como ela define: - O ex-secretário do município Amilcar Junior. Seus filhos adoraram a mudança de cidade – além de Maria Beatriz, de 21 anos, ela tem João Gabriel, de 12.

Quando perguntei a Quaquá como ele havia convencido a filha de Lula a se mudar para Maricá, ele foi capcioso: - “Quem não ia querer morar em Maricá?” Parecia querer revidar às críticas do ex-prefeito carioca Eduardo Paes, que em conversa com Lula - grampeada pela Lava Jato – chamava a cidade de “uma merda de lugar”.

Hoje Presidente do PT Estadual, Quaquá disse que sua maior missão é conseguir dissociar o partido do PMDB.

Ao falar sobre a competência dela à frente da política partidária local, ele foi enfático. “Eu a conheço da militância, ela tem vocação”, disse. “O fato de ser filha do Lula, claro que isso tem um peso simbólico importante, mas ela tem experiência administrativa, já tocou uma secretaria em Santa Catarina, trabalhou com o Chalita em São Paulo.”

Quando assumiu a Prefeitura em 2008, Quaquá e seu sucessor – Fabiano Horta, atualmente o único Prefeito Petista do Estado – transformaram Maricá numa bolha de resistência esquerdista, coalhando a cidade de pequenas homenagens mais ou menos sutis.

Há o Cinema Henfil, a moeda eletrônica Mumbuca (inspirada na renda básica de Eduardo Suplicy), o Hospital Ernesto Che Guevara (ainda em construção), e os ônibus municipais sem tarifa (os “vermelhinhos”, ou EPT, de Empresa Pública de Transporte).

“A gente não sabe o que incomoda mais a oposição, se é chamar o ônibus de ‘É PT’ ou vermelhinho”, comentou Lurian, irônica.

Entusiasta dos projetos, ela disse fazer questão de fazer um boca a boca sempre que pode. “Na fila do banco, no supermercado, aproveito para elogiar a Prefeitura. Isso é trabalho de base”, disse. Segundo ela, não é tarefa difícil: “O povo aqui ama o Quaquá que nem o povo do Rio São Francisco ama o meu pai”, comparou.

A relação da cidade com o ex-prefeito parece um arremedo da relação dos brasileiros com Lula. Se, para muitos, a paixão beira o endeusamento, a rejeição também não é pequena.

Uma das mais combativas opositoras à bolha MARICAENSE é EDNA COSTA, moderadora do grupo de discussão: - “Chega de PT e de acéfalos em Maricá” no Facebook.

Aposentada e estudante de direito, ela argumenta, por exemplo, que os VERMELHINHOS só vieram para FALIR as EMPRESAS de ÔNIBUS, mas são insuficientes, e muitos bairros estão desassistidos.

O ÓDIO RESPINGA em LURIAN: - “Claro que a FILHA do LULA veio para cá. Aqui virou o único reduto do PT, eles vêm viver dos COFRES PÚBLICOS. Agem como gafanhotos”, disse-me, por telefone.

Observadores da vida Maricaense costumam dizer que Maricá é quase uma réplica do governo Lula. Se Fabiano Horta é a Dilma de Quaquá, sua “Belo Monte” é o Porto de Jaconé, que ele pretende construir desde o primeiro mandato.

Uma de suas opositoras mais ferrenhas hoje é a antiga aliada FLÁVIA LANARI, diretora da ONG Apalma, que trabalha no embargo das obras do porto e dos resorts cujos projetos a administração tenta licenciar.

“A cidade não tem ÁGUA nem para abastecer os seus HABITANTES e ele QUER DESTRUIR AINDA MAIS”, disse ela, que foi uma das fundadoras do PT na cidade e hoje está sem partido.

“Eles agem em FEUDOS, você pode notar.” Como JÓIA da COROA, LURIAN CORDEIRO desembarcou na pacata Maricá para abrilhantar a MONARQUIA.

*Paula Scarpin - Foi repórter da revista por doze anos, e fundou a Rádio Piauí. É diretora de criação da Rádio Novelo.

Observações do escriba:

1ª - Em uma das páginas na reportagem da Revista Piauí, Lurian Cordeiro está acompanhada de mais três amigas, trajando uma blusa vermelha com a foto de LULA. Ela é branca, alta, forte, e deve ter os olhos azuis. Acho que fala português e também francês. Os trabalhadores e a burguesia também têm os seus encantos...

2ª – Na próxima parte uma MINEIRA, um CASAMENTO, uma GRAVIDEZ, um suposto ABORTO, a MORTE de uma MÃE, a MORTE de um FILHO, e um VIÚVO. (continuação).

Aracaju, quinta-feira, 21 de julho de 2022.

JORGE MARTINS CARDOSO – MÉDICO – CREMESE nº 573.

FONTES: - (1) – INTERNET. (2) – GOOGLE. (3) – WIKIPÉDIA. (4) – Revista Piauí – 07 de junho de 2017 – Por Paula Scarpin. (5) – Outras fontes.