O MAIS ODIADO ENTRE OS HOMENS

O mais revoltante de tudo o mais que se processa em nosso país inerente ao status representado pelo Governo; das falas que regurgita e do ódio que semeia e alimenta, é o fato de que apesar de ser apenas um - o que seria o bastante para afetar apenas a ele. Aqui não é o caso, atinge milhões.

Concernente a este fato, hoje, temos que nos vigiar a todo momento, sobre onde, como e com quem falamos.

Ao invés de ser uma ponte entre as pessoas, ele fez surgir muros e grades. Além do que, muitas das relações humanas que já se sentiam distantes, tornaram-se ainda mais frágeis.

As amizades, antes convencidas da blindagem dos preconceitos, da intolerância e livres de expressão, sofrem da desconfiança de possíveis julgamentos parciais.

Hoje, admirar a obra de um/a artista, independente da área de atuação, já não se faz mais por livre pureza do gostar, ou pela inocência do lúdico. Infelizmente não se pode apenas admirar e só - artista e obra se separam sim. Quem não consegue fazer a distinção entre o que um/a racista/fascista/intolerante e sua obra produzem, ou está vivendo na ignorância, ou compactua de suas mesmas visões.

As pautas levantadas pelo atual Governo fez ascender em parte da sociedade uma espécie de latência que aparentemente estavam sufocadas.

O que mais me revolta, é que eu sei que nunca mais poderei assistir a um show de rock apenas pela banda; muitas pessoas poderão jamais se falarem; tantos/as outras/as que nunca mais verão o raiar do sol; e, veleidades de outrora, como ter amor pela Seleção brasileira de futebol, de vôlei, por jogadores/as de futebol, talvez nunca mais voltem, ou não voltem como antes.

Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 13/09/2021
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