O discurso na Central do Brasil - João Goulart - 13 de março de 1964 Uma advertência: Não defendemos golpe de estado e nem qualquer ditadura.

Hoje, 31 de março de 2020, o que vemos nas redes sociais, não passa de um imbróglio de desinformação atribuindo a culpa do “Golpe de 64” aos militares.

Vamos sem ânimo político, palanqueiro, partidário, ideológico, analisar quem verdadeiramente levou o Brasil a ser governador por uma junta militar.

Adiantamos: - No You Tube, temos na íntegra a fala de João Goulart (presidente) no famoso discurso populista realizado em 13 de março de 1964, na Central do Brasil no Rio de Janeiro.

Qualquer dúvida, basta consultar a fala para que não venham dizer que falamos sem fundamento.

O Deputado Federal pelo PTB, Leonel Brizola, cunhado de Jango, após criticar o Congresso Nacional (Leia-se: Fechar o Congresso Nacional), ainda disse, que não aceitaria nenhum golpe e responderia à violência com violência. Em tempo. Naquele momento não se cogitava golpe nenhum. Jango criticou a Constituição de 1946 e prometeu reformas!? Falou que faria a desapropriação de empresas públicas, privadas, ruas e ferrovias, açudes, bem como terras de saneamento da União, para fazer a tal “milagrosa” reforma agrária. E tudo mais para agradar 150 mil pessoas que ali estavam.

Nesse ponto, notamos uma promessa – contradição, tipicamente populista: - Jango além de amigo do filho de Getúlio Vargas (pai da CF de 46), Manuel Antônio, o Maneco. Também foi latifundiário e fazendeiro. Fonte: João Goulart: uma biografia: Uma biografia – Jorge Ferreira – ano 2011.

Além disso, falou que as refinarias de Petróleo seriam encampadas pelo governo. Com essa fala estava publicamente estabelecendo sua aliança política com o cunhado Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes e Miguel Arraes. E, ao mesmo tempo, para não sofrer retaliação de outros países, principalmente dos Estado Unidos, foi ter uma conversa com o presidente John Kennedy. A fala foi bem amistosa: - Continuamos parceiros!

Voltemos alguns anos atrás, pois a história faz bem à saúde mental:- Em 1961, Goulart era vice-presidente do Brasil e estava em uma missão diplomática na China, por ordem do presidente Jânio Quadros. Em 24 de agosto, o presidente anunciou sua renúncia à presidência como parte de uma estratégia que visava um autogolpe. A estratégia de Jânio fracassou, e a polêmica concentrou-se na posse do vice, João Goulart para consolidar o golpe.

O golpe de João Goulart estava prestes a se concretizar (Uma Ditadura), mas foi tão infantil que se esqueceu do outro lado: -

Vários grupos sociais, incluindo o clero, o empresariado e setores políticos diversos se organizaram em marchas, levando às ruas mais de um milhão de pessoas com o intuito de derrubar o governo Goulart. A primeira das 49 marchas aconteceu no dia 19 de março – dia de São José, padroeiro das famílias – em São Paulo e congregou entre 300 e 500 mil pessoas. Ela foi organizada por grupos como Campanha da Mulher pela Democracia (CAMDE), União Cívica Feminina (UCF), Fraterna Amizade Urbana e Rural, Sociedade Rural Brasileira, dentre outros grupos, recebendo também o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Na ocasião, foi distribuído o "Manifesto ao povo do Brasil" pedindo o afastamento de Goulart da presidência. Após a deposição do presidente pelos militares em 1 de abril, as marchas passaram a se chamar "Marchas da Vitória". A maior delas, articulada pelo CAMDE no Rio de Janeiro, levou cerca de um milhão de pessoas às ruas em 2 de abril de 1964.

Finalmente: - De qualquer forma o 13 de março de 1964 (Um Golpe) não se concretizou. Por outro lado, o outro “Golpe”, SEM ENTRAR NO MÉRITO, é fruto exclusivo do primeiro.

Enquanto o povo ficar nessa paranoia de Esquerda ou Direita...pobre povo brasileiro que adora um golpe. Caso não tenha entendido a frase, leia novamente o artigo.

Estêvão Zizzi
Enviado por Estêvão Zizzi em 01/04/2021
Código do texto: T7221226
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