Prefeitura Empresa
No Rio de Janeiro, Fred Luz, ex-engenheiro da Petrobras, foi escolhido pelo partido Novo como candidato a prefeito nas eleições de 2020. Sua bandeira é administrar a Prefeitura da cidade como empresa privada, conceituando que o cidadão tem que ser tratado como cliente, afinal é ele que paga por tudo. Quem dera se fosse verdade, para o Rio de Janeiro e para todas as prefeituras do Brasil. Certamente o desempenho das administrações seriam infinitamente melhores em todos os aspectos.
Na empresa privada não tem empreguismo. O quadro de funcionários é o essencial para o desenvolvimento dos seus objetivos estatutários. Os salários acompanham o mercado de trabalho e há critérios racionais para promoções, em função do desempenho de cada um. Os cargos técnicos são ocupados sem solução de continuidade, garantindo a perpetuação da boa política.
Na empresa privada não existe a corrupção institucionalizada, como é comum nas prefeituras existentes no nosso país. Todos os dias, no Brasil inteiro, são publicadas denúncias de irregularidades nos processos licitatórios dos municípios, seja no fornecimento de produtos, na locação de mão de obra e nas empreitadas para implantações dos melhoramentos urbanos.
Na empresa privada os cargos de direção são ocupados por critérios técnicos e por efetiva comprovação do cumprimento de metas estabelecidas pela direção maior. Já no ente público o critério de distribuição de cargos segue critérios puramente políticos, com o loteamento espúrio das secretarias entre os partidos da base de apoio. Os partidos majoritários querem sempre as secretarias contempladas com maior volume de verbas.
Na empresa privada prevalece o critério de resultados, onde a meta é a redução de custos e um preço justo na venda de produtos e serviços, já que ela atua em um mercado competitivo onde sempre prevalece o melhor desempenho. O lucro é um objetivo a ser atingido, para que a empresa continue investindo e distribuindo dividendos para os seus acionistas.
Se uma prefeitura trabalhasse como uma empresa privada, com foco em resultados, o acionista, no caso a população que investe no formato de impostos, receberia os seus dividendos em forma de bons serviços, com ruas bem pavimentadas, obras com bom acabamento, um ensino de qualidade, transporte urbano decente e, melhor ainda, sem ter que assistir a corrupção que nos envergonha e que está degradando nossas instituições.