REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É UMA PROVA FIEL DE INCOMPETÊNCIA

Podem dizer, do jeito que quiserem, podem esbravejar conforme o desejo surgir, mas a redução da maioridade para efeitos penais, é de uma estupidez tamanha.

Há muitos anos, desde os mais humildes, até os mais esclarecedores seres humanos, têm dito que muitos desatinos seriam evitados, caso os governantes agissem conforme a razão, e não, conforme uma aparente emoção, para enganar o povo. Muita desgraça deixaria de acontecer, caso punissem sempre quem a pratica, não pela idade, mas pela ação.

E como fica o tema preconceito racial? Vão prender todos, ou apenas os negros e pobres? O Brasil, sendo um país preconceituoso, estará, mesmo, ao lado da justiça, independente de quem praticou atos danosos? Quem garante, se até agora os incompetentes, só sabem brigar pelo poder? E os filhos menores dos barões, dos mafiosos, dos banqueiros, como serão tratados?

Quase tudo que é feito através de quem deveria zelar pela sociedade, representar a população, evitar desigualdades, é com base na política visando sempre às eleições seguintes.

Primeiramente, querem saber se onde agirão, trará retorno nas urnas. Se o que propuserem, não estiver condizente com a opinião da maioria entre eles, o que seria um projeto, passa a ser mais uma pasta engavetada, e sepultada.

A redução da maioridade já foi discutida, mas sempre deixaram para depois, porque os anseios condenáveis "falaram" mais alto, e chegou a hora de resolver o problema, porque os crimes

não cessam, e a incompetência prospera.

Claro que é um tema polêmico e os políticos fogem de assuntos que não são populares. Construir casas e entregar as chaves, asfaltar avenidas e renomeá-las, entregar campinhos de futebol, inaugurar escolas são assuntos que rendem votos, porque a mídia interesseira cobre os eventos, divulgam em primeiras páginas, entrevistam os protagonistas, e todos ficam aparentemente felizes, inclusive os "beneficiados".

O que é angústia para uns, é alegria para outros: a redução da maioridade penal, é muito salutar para a 'oposição' politica brasileira, porque atende às elites, e deixa a nítida impressão, de

que algo está sendo feito para combater crimes.

O que traz a tristeza é saber que os jovens que têm como opção morar em alguma cela, após, delitos, retrata o que há de pior em um político: a incapacidade de planejar, de precaver, de programar ações. Para essa gente é melhor jogar a roupa suja fora e comprar outra, do que lavar e secar. Os seres humanos que comandam, deveriam (e é obrigação deles), oferecer educação de qualidade a todos, desde criança, mas isso é impossível, porque, quem lucra com essas medidas, também criminosas, são os próprios políticos que condenam os infratores.

Não seria mais humano construir escolas, contratar e pagar funcionários, oferecer tratamentos odontológicos, psicológicos, terapêuticos, pedagógicos, escolares em geral, desde criancinhas? Dinheiro o Brasil tem, mas os malditos desvios capitalistas e as proteções, tanto da mídia, quanto da justiça, atrapalham aquilo que deveria ser oferecido, como as oportunidades e o cumprimento das leis.

Dirão que ser favorável à redução da realidade, é fazer justiça, afinal, matam e roubam, sem pestanejar; entretanto, esquecem que os menores que praticam, uma vez presos, serão substituídos pelos de 15, de 14, de 13, de 12 anos. Isto já ocorre, e a tendência é aumentar drasticamente. É isso que querem? E se prenderem todos menos infratores, terão celas suficientes, ou terão exportar para bem longe? Os menores considerados ricos, também serão encarcerados: O que diz

o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente sobre o momento atual?

Uma vez contra a redução, citarão casos em que famílias foram vítimas, dirão que se tivesse ocorrido com alguém próximo ou pertencente à família, desses que são contra, mudaria de ideia. Daí vem a pergunta: a quem interessa prendê-los? E a resposta é esta: a quem não quis e não teve vontade de ver um povo melhor, e um país mais humano. Fica difícil esperar isso de alguém que luta constantemente para que o Brasil caminhe, para trás.

Nilceu Francisco
Enviado por Nilceu Francisco em 08/06/2015
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