O FUTURO DA DEMOCRACIA

O texto em análise é produto de uma abordagem pertinente á temática, " o futuro da da Democracia "; debate esse protagonizado por Hegel e Max weber. De início e de forma contundente, Hegel, de pronto e de forma contundente se distancia das chamadas "profecias", ao tempo que, de imediato se agarra á Filosofia, definindo-a como guardiã dos estudos referentes á razão. Por sua vez, nos deparamos com Max Weber nos falando sobre a " Ciência como vocação", este, de maneira simples e sintética sentencia que A cátedra não existe nem pra demagogos nem pra profetas".

Logo de início, percebe-se que tanto o Hegel quanto o Max Weber, descartam e se distanciam enormemente de toda e qualquer tentativa de abordagem explicativas inseridas nas enseadas e ou "domínios" no campo mais que fértil das profecias; Homens de ciência, principalmente de ciências aplicadas, ambos carregam em si uma enorme bagagem de conceitos e elementos fundamentais que norteiam as práticas do fazer científico. Acrescentando, oportuna e sabiamente observa: " que o propósito da presente abordagem é tão somente a de elencar algumas observações sobre o estado atual dos regimes democráticos".

Na sequência, o autor esboça, de forma sintética o que venha a ser Democracia: " um conjunto de regras, primárias e ou fundamentais que diz, de forma tácita, quem está autorizado a tomar as decisões coletivas e em função de quais procedimentos". Um regime democrático é caracterizado, também, pela atribuição do poder que, uma vez normatizado pela lei, torna-se um Direito.

Aqui, segundo os autores, dar-se os processos constitutivos da relação primeira e fundamental entre democracia, Estado e Lei. Ainda segundo o autor, é muito pouco provável falar em regime democrático sem considerar as circunstâncias e as variáveis determinantes dos processos históricos e desprovidos de um juízo comparativo.

Atá aqui, a abordagem textual tenta, e consegue, com muita clareza elencar as matrizes condicionantes necessárias e determinantes do meio onde se dá o desenrolar dos possíveis avanços ou recuos da marcha da democracia, ou seja: a História.

Mais adiante, assevera o autor: a democracia transformou-se num regime semi-anárquico, cujo fim está assentado na premissa de estilhaçar o Estado; enaltecendo também, os contrastes existentes entre os ideais democráticos e a democracia real, em outras palavras, cabe o exame entre o que foi prometido e o que foi efetivamente realizado.

Quanto aos possíveis níveis de transformação democrática, coloca-nos o autor, o abismo falacioso que predomina entre ideal e realidade, entre promessas e as dimensões do campo prático.

A sociedade pluralista, aqui abordada, assevera que a democracia tem berço nas concepções individualistas de sociedade. para tanto, objetivando fundamentar tal entendimento, destaca o autor que três são os eventos que caracterizam a filosofia da idade moderna: A- o contratualismo; B- o nascimento da economia; C- a filosofia utilitarista de Bertham a Mill, segundo o qual, o único critério de se inaugurar uma ética objetiva é adotar uma abordagem distintiva entre o bem e o mal; sem recorrer a vazios conceituais, tais como, natureza... etc.

Arvorados por Bertham e Mill, o autor estabelece os terrenos sólidos e os limites conceituais que iram delinear as possíveis atividades relacionais cujo prerrequisito é a ética como ferramenta imprescindível para estabelecer as diferenciações concernentes aos conceitos do que seja o bem, do seja o mal.

O pensamento democrático como elemento inspirador, foi e será a liberdade como autonomia, como a capacidade de dar lei a si mesma, já na democracia representativa ( a única existente em funcionamento )___, é, por sí mesma, uma renúncia ao princípio de liberdade como autonomia.

Aqui verificamos o quão ditatorial ( grifo meu...! ) a democracia representativa se nos apresenta, seja do ponto de vista representativo, seja quanto á conivência do Estado brasileiro com os desvios de condutas e ou com a corrupção. Em outras palavras, pelo dizer do autor em epigrafe, é fácil vislumbrar o "engodo" que está inscrito nas entrelinhas e nas "fundamentações" ideológicas-filosóficas da democracia representativa. Tal qual á "democracia" sob a qual vivemos e penosamente somos obrigados a suportar; Democracia essa, toda ela pensada e projetada pra funcionar segundo às elites que a concebem, balizadas e batizadas sobre um conjunto de "leis" chancelada pela figura do Estado, esse por sua vez, eminentemente, elitizado.

Dentre as propostas não cumpridas, figura a ausência de educação á cidadania, nos dois últimos séculos, quase que em todos os discursos,tem-se visto uma apologia barata sobre a democracia e, como também, o entendimento de que só há uma e somente uma forma de se transformar um súdito em cidadão: é atribuindo a estes o direito á educação. A educação para a democracia surge no seio do próprio exercício das práticas democráticas.

Esta questão em especial é merecedora de todos os olhares, uma vez que, só pode existir democracia plena se a figura jurídica do Estado se compromete intensa e inteiramente às questões concernentes á educação de qualidade para seus co-cidadãos, tendo em vista o inarredável compromisso para com o desenvolvimento pleno de suas potencialidades, físicas, mentais e labor.

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Dimas Cassimiro
Enviado por Dimas Cassimiro em 24/04/2015
Reeditado em 24/04/2015
Código do texto: T5218361
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