ZÉ EDUARDIZAÇÃO DA FARSA

É patético assistir ao momento Zé Eduardo de tapar o sol com a peneira.

O encontro que reuniu o rapineiro Ministro da Justiça a Grela e Beltrame, mais pareceu uma confraternização de ex-alunos de alguma faculdade de direito nebulosa, do que algo prático, pois como é possível o estado que se alheia punir ao que tão poeticamente denuncia como vandalismo, mas que é apenas o resultado da ausência do Estado das imensas periferias, cuja voz é mascarada nas ações dos black-blocks.

Pretender a punição da incandescência libertária das ruas, requereu, antes, a submissão do Estado ao peso do Capital, ameaçado pelos protestos, uma vez que o atual sistema de licitações, colocado contra a parede, está em pânico pela crescente agressividade dos revoltosos contra os patrões dos inconsequentes partidos atuais, formadores do alto comando capitalista no Brasil.

Exaurido o modelo de estado que temos, demonstrando a urgência de reformas nas instituições, a elevação de novos padrões institucionais, porque inéditos no modelo legal vigente, requer a legitimação da voz das ruas em uma nova formação pública, que conduza a um capitalismo democrático frontalmente diverso dos gigantescos aparatos verticais que operam no Brasil a desmiserabilização de resultados, que no fundo, legou uma marginalidade de face humana, cujo destino é manter o status quo através da escravidão eleitoral.