18 de Abril – Dia Nacional do Livro Infantil

Era uma vez um garoto que morava em uma fazenda e adorava desenhar e escrever!

Bom, na verdade ele nem era tão “garoto” assim... estava mais para um senhor por volta de seus quarenta ou cinquenta anos, com cara fechada, opiniões fortes, sobrancelhas bem grossas e um ‘bigodão’ que lhe dava um aspecto meio ranzinza... mas apesar disso, o garoto que morava dentro dele, mantinha-se ainda vivo e ativo.

Esse garoto às vezes se chamava Pedrinho, e vivenciava mil aventuras, como aquela vez em que ele se meteu na floresta tentando caçar uma onça, e acabou capturando um saci!

Outras vezes o garoto transformava-se numa menina com nariz arrebitado, que sonhava em ser princesa nos mundos da fantasia. Para essa menina não havia limites – até mesmo o reino das águas ela visitou!

Mas o garoto da fazenda realmente sabia o sentido da expressão “dar asas à sua imaginação”! Ele podia transformar-se tanto em uma boneca de pano, tagarela e exigente, com um terrível temperamento – aliás, o temperamento era igualzinho ao do “garoto” escritor – quanto transformar-se numa sábia espiga de milho que até título de nobreza tinha para poder ostentar.

Ah, esse “garoto” que coloriu a infância de tanta gente, juntando toda a turma e fazendo todos viajarem com o “Pó de Pirlimpimpim”, para o “País da Gramática” ou para uma viagem um pouquinho mais distante... uma “Viagem ao Céu”!

E hoje é mais um dia 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil. E esta data foi escolhida em homenagem ao notável escritor Monteiro Lobato, justamente por ser a data do nascimento deste querido “garoto-escritor-aventureiro”.

Monteiro Lobato que presenteou-nos com sua criatividade, misturou com maestria o folclore brasileiro com a mitologia grega, com os quadrinhos e até mesmo com o cinema.

Estas linhas são minha singela homenagem a este homem que foi o precursor da literatura infantil em nosso país. E meu desejo é que, a exemplo do trabalho de Monteiro Lobato, possam os contos e histórias continuarem a colorir e a encher de fantasia o imaginário de nossas crianças, formando desde a infância os futuros “leitores-pensadores”, e garantindo sempre um final feliz.