História Da Copa do Brasil

A Copa do Brasil foi criada para aplacar o descontentamento das federações de estados com menor tradição no futebol nacional, cujos representantes dificilmente teriam a oportunidade de enfrentar um "clube grande" durante o ano, após a diminuição do número de participantes do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987, com a criação da Copa União, competição que reunia apenas grandes clubes de futebol do Brasil.

A criação dessa competição então, visava valorizar a maioria dos campeonatos estaduais das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, campeonatos estes que não tinham mais representatividade no Campeonato Brasileiro e voltaram a crescer em importância para os clubes médios e pequenos dessas regiões, por eles terem novamente chances até de chegarem, pelo menos teoricamente, à Copa Libertadores da América.

Entre 1973 e 1986, o Brasileirão contou sempre com a presença de pelo menos um representante de cada federação (normalmente o campeão do ano anterior) que mantivesse um campeonato disputado profissionalmente (os estados com maior força política e econômica tinham um número maior de representantes, também inseridos de acordo com a classificação no campeonato estadual do ano anterior).

O Campeonato Brasileiro chegou a ser disputado por 94 times, em 1979 (em 1986 eram 44).

A primeira edição da Copa do Brasil ocorreu em 1989 e o primeiro gol de sua história foi marcado por Alcindo Sartori, na vitória por 2 a 0 do Flamengo sobre o Paysandu. O Grêmio foi o seu primeiro campeão, qualificando-se por isso a disputar a Libertadores da América de 1990.

No dia 4 de março de 1991 na Copa do Brasil de 1991, ocorreu a maior goleada da história da competição, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, quando o Atlético Mineiro aplicou 11 a 0 no Caiçara. O placar do estádio só possuía espaço para registrar um algarismo por clube, por isso parou de contar quando jogo ainda estava 9 a 0.

Na Copa do Brasil de Futebol de 1993, quando ainda não havia a regra da "ida e volta restrita", o Internacional ganhou por 6 a 0 (2 de abril) e 9 a 1 (6 de abril) do Ji-Paraná de Rondônia, somando 15 a 1, a maior soma de resultados da Copa do Brasil.

De 1989 a Copa do Brasil de 1993 o campeão de cada ano ficava com o troféu. A partir de 1994 o clube que vencesse a Copa do Brasil por três vezes teria posse definitiva da taça. Isto ocorreu em 2001 com o Grêmio (após as conquistas de 1994, 1997 e 2001).

Sendo assim, em Copa do Brasil de 2002 foi colocado em disputa um novo troféu, que permaneceu até 2007, mesmo sem nenhum clube conquistar sua posse definitiva.

Ao conquistar a Copa do Brasil de 2003 e o o Campeonato Brasileiro em 2003, o Cruzeiro conseguiu o ineditismo de se sagrar campeão brasileiro e da Copa do Brasil no mesmo ano, feito que ainda permanece inédito, e de quebra ganhou também o Campeonato Mineiro em 2003, outro ineditismo.

Na Copa do Brasil de 2006, houve a primeira final entre dois clubes do mesmo estado: Flamengo e Vasco da Gama, e o time rubro negro venceu a final. A segunda final entre dois times do mesmo estado ocorreu em 2014, e envolveu Atlético Mineiro e Cruzeiro. O Atlético se sagrou campeão após duas vitórias (2 a 0 e 1 a 0) sobre o rival. A terceira final entre dois times do mesmo estado ocorreu em 2015, e envolveu o Palmeiras e Santos. O Palmeiras se sagrou campeão após ter perdido por 1 a 0 e ter ganhado por 2 a 1 nas duas partidas, vencendo a posterior decisão por pênaltis pelo placar de 4 a 3. Nesse ano pela primeira vez a Copa do Brasil foi decidida nos pênaltis.

Ao marcar o gol que resultou na conquista do título da Copa do Brasil de 2007 pelo Fluminense, seu quarto título nessa competição, Roger Machado, que já havia conquistado três Copas do Brasil pelo Grêmio, tornou-se o jogador recordista em conquistas da Copa do Brasil.

A partir de 2008, a Copa do Brasil instituiu uma nova taça, e neste mesmo ano o Sport tornou-se o primeiro, e até agora único clube de fora da Região Sudeste e da Região Sul a conquistar a competição. A Região Norte foi a única que não teve representante em finais até agora.

A exemplo dos anos anteriores, a CBF comissionou ao artista plástico Holoassy Lins de Albuquerque a criação de uma escultura troféu, dando seguimento à tendência da confederação de presentear os clubes ganhadores dos maiores campeonatos brasileiros com esculturas criadas exclusivamente para os eventos por artistas brasileiros ao invés de usar troféus padronizados.

Em 2010, o Santos estabeleceu um novo recorde de gols em uma única edição da Copa do Brasil: 39 gols ao todo.

A vitória do Grêmio sobre o Atlético Mineiro no jogo de ida da final da Copa do Brasil de 2016, representou a primeira vez que um clube visitante venceu a partida de ida da Copa do Brasil, isso na 28ª edição da competição.

O número de times participantes variou muito em sua história, sempre classificados pelo resultado das competições das federações estaduais. De 1989 a 1994 participaram 32 times. Número que foi aumentado em 1995 para 36 times, em 1996 para 40 times, e em 1997 para 45 times. Em 1998 foram 42 times participantes. Em 1999 foram 65 times. E em 2000 foram 69 participantes.

De 2001 a 2012 o formato se consolidou com 64 times participantes, sem a participação dos times que participavam da Libertadores da América no mesmo ano, devido ao conflito de datas.

Em 2013, a CBF apresentou um novo modelo de taça. Mais robusta, ela substituiu o troféu em disputa desde 2008. O campeão fica com a posse definitiva do troféu atual e para o próximo ano uma nova e idêntica taça será produzida.[15] Em 2013, também, o formato foi novamente ampliado, chegando a 87 times, numero que se manteve em 2014 e 2015. Com o novo formato, os times participantes da Libertadores da América voltaram disputar a Copa do Brasil, entrando no torneio nacional diretamente nas oitavas de final. A partir de 2016 esse número ficou em 86 participantes e a partir de 2017 será disputada por 91 participantes.

Sistema de disputa

A disputa da Copa do Brasil de Futebol se dá no sistema "mata-mata", no qual dois times se enfrentam, em dois jogos, no caso da Copa do Brasil, cada equipe tem o mando de campo em uma das partidas. O vencedor, time com maior saldo na soma dos placares, avança para próxima fase, até o jogo decisivo, a Final da Copa do Brasil de Futebol.

Em 1995 foi estabelecido que, nas duas primeiras fases, se o time visitante vencesse por diferença maior ou igual a três gols no jogo de ida, estaria classificado para a fase seguinte. No ano seguinte, foi estabelecido que a diferença necessária para se qualificar como visitante no jogo de ida seria de dois gols, critério que permanece até os dias de hoje nas duas primeiras fases da competição.

Vinicius Moratta
Enviado por Vinicius Moratta em 10/07/2019
Código do texto: T6693127
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