Desenvolvimento da Escola Agrotécncia Federal de Sousa (1999)

Desenvolvimento da Escola Agrotécncia Federal de Sousa (1999)

Imbuída de forte espírito institucional e social é que a Escola Agrotécnica Federal de Sousa vem atingindo excelentes resultados na região, apesar das dificuldades comuns a todas as instituições públicas na atualidade.

É importante destacar que além do comprometimento de toda a comunidade da Escola, leia-se, professores, técnico-administrativos e alunos, com os resultados institucionais, tem sido também fundamental o apoio que vem recebendo do Ministério da Educação através da Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Prova disso é a recente aprovação, por parte do Ministério, de um projeto encaminhado pela EAFS para a expansão da área de informática. Segundo a Dra. Francisca Estrela de Oliveira Trajano, Diretora do Departamento de Administração e Planejamento desta Instituição, os recursos já estão disponíveis no valor de R$ 64.000,00, sendo ultimadas as providências para o processo licitatório que possibilitará a aquisição de equipamentos e melhoria da infraestrutura dos laboratórios já existentes, aumentando assim, as condições para que a Escola possa oferecer cursos para alunos e comunidade me geral, uma vez que este setor de informática vem crescendo rapidamente. Evoluindo e se tornando para a sociedade.

Sintonizada com as questões relacionadas com a cidade de Sousa e região, a EAFS tem procurado desenvolver ações individuais ou através de parcerias, em busca da solução de problemas. Atualmente, está se tornando um ponto de encontro e um foro de debates, envolvendo instituições, pesquisadores, produtores rurais e associações comunitárias, discutindo e buscando alternativas.

Sua participação no Pólo de Desenvolvimento Integrado do Alto Piranhas, tem sido elogiável. O Pólo, que é coordenado pelo Banco do Nordeste, tendo a participação de várias entidades, tem a finalidade de promover o desenvolvimento local integrado e sustentável, tendo como eixo principal a agricultura irrigada, com ênfase na fruticultura, agregada à agroindústria. Buscando-se com isso, elevar os níveis de produtividade e competitividade dos produtos que compõem o eixo e ampliar sua penetração nos mercados internos e externos, trabalhando dentro do enfoque da cadeia produtiva, para se atingir as metas.

Essas discussões no Pólo possibilitaram a aprovação de quatro projetos com recursos do Programa de Apoio e Desenvolvimento da Fruticultura Irrigada do Nordeste (PADFIN). Os projetos são os seguintes: Implantação do Sistema de Produção das Espécies Frutíferas; Manejo de Água nas Frutíferas Irrigadas da Paraíba; Interação de Água e Fertilidade nas Espécies Frutíferas e os Estudos das cadeias Produtivas – manga, goiaba, banana e coco.

Foi aprovado também, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDEC), um projeto cuja EAFS é proponente, para implantação de um Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agricultura Irrigada, com ênfase em fruticultura, cotonicultura e olericultura, para atender as demandas tecnológicas dos setores produtivos (produtores rurais e agroindustriais) do Pólo de Desenvolvimento Integrado do Alto Piranhas.

Vale salientar que estes projetos serão coordenados e orientados por pesquisadores de várias instituições parceiras, como: UFPB, EMEPA, EMBRAPA, Secretaria de Agricultura do Estado, dentre outras, além dos técnicos da própria Escola.

A EAFS foi citada em uma publicação da EMBRAPA e da Universidade Federal de Viçosa-MG, intitulada “Diagnóstico de Produção e Comercialização de Mudas e Sementes de Espécies Frutíferas na Região Nordeste do Brasil”. Citado documento afirma que a Agrotécnica de Sousa é uma instituição que oferece treinamento na área de Fruticultura, inclusive na formação de viveiristas. Possuidora de uma infraestrutura de ensino, forte atuação na área de agricultura irrigada e um corpo docente bastante motivado.

A despeito disso a Escola foi contemplada com um viveiro completo, com uma área de 1000,84 m2, que se destinará a produção de mudas frutíferas com o objetivo de atender a demanda da fruticultura regional. Para a implantação deste viveiro está sendo assinado um contrato com a EMBRAPA - Escritório de Negócios de Campina Grande, co-participante do programa de Governo “Brasil em Ação”.

Dentro desta parceria com a EMBRAPA, já está sendo implantado o matrizeiro que irá fornecer mudas de alta qualidade aos viveiristas da região, constituindo-se numa das alternativas para a recuperação da fruticultura revertendo a baixa produtividade, principalmente das culturas coco e manga. Para o Técnico em Agropecuária, formado pela Escola, Francisco Tibério Felisminino, atualmente bolsista do CNPQ e que será responsável pela implantação do Projeto, o matrizeiro é um incremento tecnológico de importância vital para a nossa fruticultura irrigada, pois o mesmo vai possibilitar um avanço na melhoria da qualidade das mudas frutíferas produzidas na região.

Não se pode deixar de destacar, outra ação importante nessa área de fruticultura, é exatamente a implantação de unidades de observação com: mamão, manga, uva, banana, citrus, limão, caju e maracujá.

O Professor Francisco Cicupira, Diretor Geral da EAFS, manifesta uma grande preocupação para o sucesso dos projetos, exatamente no tocante ao nível de água dos açudes de São Gonçalo e Engenheiros Ávidos em Cajazeiras. Para isso providências já estão sendo tomadas no sentido de não causar nenhum prejuízo aos projetos. Poços já estão sendo perfurados, além do controle do uso dos recursos hídricos existentes.

Dentro das ações desenvolvidas com recursos da própria Escola merece destaque o que está sendo feito no Setor de Piscicultura, que tem tudo para prestar um serviço especializado na área. O projeto visa a produção de peixes em laboratórios, tanques e viveiros, havendo um acompanhamento sistemático da produção de pós-larvas, alevinos e pescados.

Um dado importante é que a concepção, definição e o modelo de gestão do projeto piscícola será autossustentável, permitindo capacitação profissional de alunos, professores, técnicos e produtores rurais sobre técnicas modernas de produção, beneficiamento, conservação e comercialização de pescado.

Na área de capacitação de produtores, a Chefe do Setor de Comunicação Social, Fátima Duarte, afirma que até julho deste ano a Agrotécnica já realizou 19 cursos com a participação de 309 pessoas da comunidade e até o final do ano serão ministrados mais 12 cursos nas diferentes áreas, dentre estes se destacam os de Inseminação Artificial em Bovinos, Alimentação Alternativa, Coooperativismo e Produção de Mudas de Coco, dentre outros.

O Professor João Noilton da Costa, Chefe da Seção de Cursos, ressalta com a satisfação e emoção uma importante parceria da Escola com a FUNDAC, que tem permitido cursos para menores carentes nas áreas de informática, ministrado pelo instrutor José Brito Filho e Marcenaria pelo Instrutor José Cleidson Braga.

Convivendo harmoniosamente com a comunidade, a Escola está lutando cada vez mais, fundamentando-se em um dos pilares que é o “APRENDER A APRENDER”, como condição sine qua non para o exercício pleno da cidadania e reinserção no mercado de trabalho em permanente e cada vez mais rápida transformação.

FRANCISCO CICUPIRA DE ANDRADE FILHO

Chiquinho Cicupira
Enviado por Chiquinho Cicupira em 10/10/2021
Reeditado em 10/10/2021
Código do texto: T7360329
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