PERSPECTIVAS DE MUNDOS: EDUCAR PARA EMANCIPAR UM DIÁLOGO ENTRE PLATÃO E KANT

A sociedade atual vive problemas em seu contexto, dentre eles o cenário político, social e cultural, não obstante, há também desvalorização do sistema escolar, fator preocupante, porque “educar é uma das tarefas mais importantes, delicadas e determinantes na vida de um povo” (DAMAS, 1999, p.17). Com problemas assim na educação, o homem perde o sentido do sujeito moral e se encontrará na escuridão e consequentemente terá uma vida desorganizada.

A educação é responsável por integrar a pessoa na comunidade, mas com esse problema, gera grandes lacunas na vivência dos cidadãos e a pergunta é: que tipo de pessoa está se formando atualmente? É necessário um olhar atento a este aspecto porque um problema está puxando outro. Não é mais falar que “Joaozinho não sabe ler” (Hannah ARENDT) o fato é que está interferindo na micro relação, e por consequente, na macro relação social comunitária do homem.

Há uma urgência, portanto, em potencializar as escolas, as públicas principalmente. Elas que transformarão a sociedade e o homem. Este processo só acontecerá quando viverem e experimentarem a busca da ciência, que faça com que o homem conheça a si, o outro, as coisas e o próprio mundo. É importante, primeiramente, fazer provocação do próprio mundo em que o homem está inserido porque “fazer do mundo uma provocação é tornar a prática científica inerente ao cotidiano, uma vez que oportuniza a observação, o questionamento e a compreensão da realidade social” (SANTIAGO; SANTOS; FILHO (orgs.), 2015, p. 19).

Portanto, desde outrora o jovem fora a ação do conhecimento, da busca pela sabedoria e da transmissão dos deveres e obrigações de cidadão. Ele é o sujeito do futuro, mudança e transformação numa nova sociedade, quando bem instruído, o jovem melhor organizará sua vida, sairá do senso comum, do condicionamento e da escuridão, e só assim haverá uma nova sociedade emancipada.