Educação para a ética

Que a educação é o instrumento de mudança social, isso já é ponto pacífico. Mas qual a educação que se pretende para que tenhamos cidadãos éticos e solidários? O sistema educacional, hoje, constitui, realmente, um aparelho de mudança significativa? Perguntas pertinentes como essas deveriam ser mais frequentes não só no meio educacional, mas também na sociedade em sua totalidade. Levariam à uma necessária reflexão, afinal, preocupar-se com a educação, é pensar as possibilidades de futuro.

Longe de estimular qualquer tipo de solidariedade, o sistema educacional vigente é, antes, uma forma de preservar e acirrar competições. Em sua base residem as boas e velhas dicotomias, antíteses classificatórias nas quais o mundo deve se encaixar. Quanto a ser um aparelho de eficiente mudança, deve-se observar que o obsoleto não se presta mais, sequer, aos interesses dominantes, uma vez que não conseguiu acompanhar as mudanças dos últimos anos.

Assim, vão sendo criadas medidas paliativas que maquiam ou pintam à cal a parede úmida e danificada na tentativa, por exemplo, de acabar com a violência e com a total falta de interesse dos educandos. A escola está deslocada de sua função. Nem como instituição pilar de uma sociedade pseudodemocrática e capitalista tem se sustentado. Sua crescente decadência é iminente.

Há a necessidade de se implantar mudanças urgentes. Deve-se empenhar por uma total quebra de paradigmas em prol de uma educação voltada para um ser integral, pois todos somos uma unidade: corpo, mente e espírito. Uma educação que se preocupe com essa integralidade, pautada no exercício constante da solidariedade, da ética, do amor, do afeto unido a uma programação que faça enlevar a auto-estima, pode ser a saída mais urgente para uma verdadeira mudança na educação, consequentemente, na sociedade.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 22/08/2013
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