UNIVERSALIZAR EDUCAÇÃO FINANCEIRA EM UM CONTEXTO DE POBREZA

No mundo, ao longo das décadas, tem-se evidenciado a grande incidência de pobreza entre a população. O Brasil avançou decisivamente em relação à educação em alguns Estados. Porém, nada se fez concretamente em relação à educação financeira. O acesso á educação financeira permanece enfrentando barreiras de cunho cultural, resquícios de um período de hiperinflação (onde as pessoas têm que gastar tudo que ganha para não ser corroído). Entretanto, depois da estabilização monetária trazida a lume pelo plano Real, a população não avançou, mas continuo no passado, ainda gastando mais que ganha, não faz orçamento doméstico, muito menos planejamento para controlar os gastos, sem falar também em poupar para investir no futuro. Tudo isso tem trazido uma conseqüência muito desastrosa nesse contexto de extrema pobreza que a maioria vive hoje.

O combate à pobreza, a meu ver, deveria começar pela universalização da educação financeira, a fim de que possamos perceber e compreender que qualquer um pode sair da pobreza e enriquecer. Basta que mudemos a nossa mentalidade pobre para adquirir a mentalidade rica. Isso se conquista trabalhando, sabendo poupar, orçar, unir forças para procurar as alternativas que nos proporcionam a independência financeira. Como chegaremos a isso? Daí entra a questão da implantação da educação financeira nas grades curriculares das nossas escolas e faculdades. Universalizar educação financeira mostra-se necessária para ajudar no combate a pobreza, pois não adiantará a chamada transferência da renda se os beneficiários não tivessem a educação financeira adequada para saírem da pobreza. Essas pessoas não sairão da linha de pobreza extrema enquanto não souberem lidar com dinheiro, se não souberem poupa-lo e investi-lo. É preciso desestimula-las para o consumo irresponsável na qual são acostumada pois como já dizia o Marques de Maricá,”Nada agrava mais a pobreza que a mania de querer parecer rico”.As pessoas têm que aprender a mudar os hábitos que prejudicam o seu bem-estar financeiro.

O descontrole nas finanças é o que mantêm as pessoas na pobreza. Isso corrobora o pensamento do amigo e educador financeiro Conrado Navarro quando escreve que elas não chamaram para si mesmas a responsabilidade de suas vidas financeiras, pois deveriam tomar a frente disso. Os possuidores de problemas financeiros, não aprenderam a respeitar o seu dinheiro, muito menos se qualificaram e investiram em aprendizados que os ajudariam a ter sucessos financeiros. É sabido, outrossim, que não criam reservas de emergência,não evitam comprometer mais que 30% de suas rendas mensais com dívidas,não respeitando assim os limites para gastos do orçamento.

São estas coisas que espetam as pessoas a pobreza, que por sua vez leva a marginalização, portanto,a luta pela erradicação da pobreza precisa conscientizar a população, para ter qualquer êxito,senão,estaremos focando na solução efêmera,sem profundidade e utilidade.Por isso que acredito que a pobreza só poderá ser eliminada com a universalização da educação financeira na sociedade.Eu acredito!!!