O jumento nordestino

Esta campanha sórdida contra a existência do jumento, em especial no Nordeste brasileiro, é uma iniciativa que merece todo o nosso repúdio e a reprovação do povo brasileiro. Enquanto surge esta abjeta idéia aqui no nosso país, outras nações se mobilizam para preservar as suas raças mais antigas, como é o caso da França que procura preservar o jumento da raça Baudet du Poitou, que, historicamente, os romanos já aproveitavam o porte desta raça para formar cruzamento com boas éguas para o desenvolvimento de grandes muares. Se alguém tem motivo para substiui-lo por tratores ou mesmo motocicletas isto é devidamente respeitável, mas, sentencia-lo ao matadouro por estar sendo substituído pela tecnologia, isto é inconcebível, abominável.

O nosso jumento é um ser vivo, igualmente útil, e, assim como nós, também filho da natureza e de Deus. Se tiver que sacrificar o jumento por um argumento frágil, insustentável, vai findar matando todas as espécieis de animais que vivem na terra, nos ares e no mar. A iniciativa é desumana, arbitrária, sobretudo criminosa. Mudem de idéia, procurem outra saída mais lógica, legal e meritória. Aqui vale ressaltar o papel da Associação Brasileira de Criadores de Jumento Pêga – ABCJP, que com sua Comissão de Fomento busca o constante aperfeiçoamento zootécnico e o desenvolvimento da raça Pêga.