OAB, FORA DE ORDEM

OAB, FORA DE ORDEM

Assim como a desfigurada Constituição, aquele que por princípio se intitula “Ordem”, na verdade não tem passado de uma mera proposição nominativa, sendo, todavia, de linhagem política partidária atualmente, seguindo a mesma posição em que anda o STF – manda quem pode, quem tem juízo obedece. O Estatuto da Ordem que foi sancionado com a Lei 8.906, em 1994, no qual define como finalidade: 1.Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e purgar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; Logo, de seu preâmbulo, se vê que nada do que é definido por finalidade se faz notório – uma OAB fora de ordem. Advogado por mais de quarenta anos, sempre desejando uma justiça mais célere e com resultados de verdadeira prevalência dos direitos do cidadão, pouco se sabe ou quase nada que pudesse merecer reconhecimento. Data vênia, míngua a nossa Constituição ao arrepio das leis, e bem assim da propositura estatutária da OAB. Por ventura, alguém pode dar notícia de alguma intervenção da OAB em defesa do cumprimento da Constituição? Por anos a fio prevaleceu por contrariar os valores cristãos, quando dirigida por um comunista que hoje ocupa lugar de destaque no atual governo. Assim, nesse mesmo espírito, se projetam as demais divisões por todo país, não passando de simples meio de projeção para alguns, que por estar mais próximos do “sistema”, conseguem ter acesso privilegiado aos gabinetes, e com isso, se destacando como profissionais. Defender a ordem jurídica? Como assim? Se mais de oitenta por cento da classe é de persistentes profissionais que permanecem advogando pelas migalhas de cada dia, ou mesmo, porque não, por apenas manter seu status quo como tal se apresenta a nobre profissão. Estado Democrático de Direito? Quando prevalecem aqueles que “politicamente corretos”, constroem suas bancas, tendo alcance maior que os demais nos meios de tramitação dos processos. Pouca opção sobra para os demais peregrinos de Cartórios em busca de resultados, e quando bem atendidos, o choro para que se tenha o andamento em tempo devido. Onde tem ficado a OAB nesse sentido? Se é pelo bem da “ordem”, deveria ser olhada a causa dos mais humildes que tentam trabalhar, mas que não conseguem avançar como os demais. Quanto aos direitos humanos, somente quando servem por cortina de fumaça protegendo o sistema. Mais humanos do que os milhares de advogados que precisariam de maior atenção da classe, até mesmo quando tem que penitenciar na hora de pagar até mesmo a anuidade que é sempre muito alta. Justiça social, purgar pela boa aplicação das leis? Quando nada é feito em favor de inocentes que estão sofrendo injustamente nas prisões, acusados de terem praticado crime, quando nem tipificação existe, mas por mero prazer de um imperador que pouco fala e faz dentro da Constituição. Uma OAB totalmente fora de ordem, uma vez que não se tem feito presente no momento em que o país passa por tamanho desmando e desrespeito às leis e bem assim à Carta Magna. Como admitir uma rápida administração da justiça, quando um advogado em defesa de seus direitos, ganha um processo em defesa de seus honorários, passando por todas as instâncias, por mais de vinte anos, e ainda no cumprimento da sentença nada acontece quando a parte devedora “tem as costas largas”, prevalecendo o imbróglio até esgotar todas as forças e nada acontece? Onde está a OAB? Fora de ordem!