Pedagogia política e concepção dialética na educação.

Pedagogia política e concepção dialética na educação.

Toda ação pedagógica é essencialmente política, o aluno é um ser histórico político, não acabado eternamente em processo construtivo.

Portanto, do mesmo modo, a educação humana, enquanto processo pedagógico.

A pedagogia dialética entende o aluno produzido em certas condições históricas e materiais.

Desse modo, o mesmo se forma a partir de um projeto pedagógico, também transformador. Todavia, a partir das condições sociais dadas.

Com efeito, a educação em uma concepção dialética deve se colocar em uma prática de transformação, em uma relação contínua entre consciência e práxis, o educando e educador como sujeitos históricos.

Sendo assim, a educação não pode fazer uso de uma pedagogia conservadora, como reprodução de ideias culturais de domínio. Sobre essa perspectiva que deve ser entendida a epistemologia pedagógica.

Qual o projeto político pedagógico social, a formação para práxis cotidiana, que estende aos limites de uma sala de aula. O homem produz a si mesmo em um permanente processo de revolução cultural.

Sendo assim, professores e alunos, se propõem em processos culturais educativos, tendo como substancialidade a história política.

Condição necessária para que todos se realizem na realidade material, não legitimando ações conservadoras, como produtos de ideologias alienadas.

Pelo contrário, a pedagógica política se efetiva provocando professores e alunos ao desenvolvimento crítico em suas totalidades, superando antagonismos os quais não deixam desenvolver o verdadeiro humanismo, em uma sociedade essencialmente justa.

Motivo pelo qual é necessário que educação posicione enquanto consciência crítica, em relação a certos modelos políticos de Estado, que negam a sociedade justa, equilibrada socialmente, entre esses modelos o neoliberalismo.

A mediação necessária para efetivação do aluno como cidadão, o desenvolvimento de uma pedagogia crítica que considera a realidade material.

Pois concretamente o homem é produto das relações sociais produtivas, ou seja, do modelo político de produção dos bens materiais.

Portanto, por meio da práxis consciente da análise dialética, objetivando uma sociedade social em que as riquezas não sejam absolutamente concentradas, o aluno enquanto pessoa se educa substancializando sua cidadania.

Portanto, pedagogicamente, é necessário a alteração das circunstâncias sociais e políticas, que mantem os alunos alienados de sua condição humana.

Educar o aluno para a mudança, razão pela qual o educador precisa também ter em sua consciência crítica, o mesmo entendimento dialético da transformação.

Desse modo, os formadores precisam ser reeducados constantemente. Na acepção materialista e dialética da educação.

O homem é o que faz socialmente, formula-se a si mesmo pelos seus atos desenvolvendo a produção de sua existência, dependendo do modelo político transforma-se em alienado, o que não é admissível pedagogicamente.

Os homens fazem parte de determinadas relações políticas sociais, independentemente dos seus desejos.

Com efeito, tais relações que são produções econômicas, precisam ser modificadas para nascerem os homens cidadãos.

O conjunto das relações produtivas constitui a estrutura política econômica de uma nação, o fundamento real da sociedade determinada por uma estrutura jurídica que sustenta as relações em referência.

Sendo assim, a consciência cultural comum é produto dessas relações, as quais precisam ser compreendidas, que é o modo político produtivo defendido pelo Estado, que determina como a sociedade deve funcionar.

Para Antônio Gramsci toda pedagogia educacional como projeto político, tem necessariamente que fazer uma revolução cultural política epistemológica, em direção a uma sociedade melhor, que para ele não seria possível no liberalismo econômico, entendido neoliberalismo.

Portanto, educar é mudar, transformar, sendo os homens responsáveis pelas suas ações, que não são isoladas, no processo de produção e da formação da consciência crítica.

É na totalidade que os alunos buscam compreender os mecanismos de funcionamento da sociedade política.

A práxis pedagógica, não pode ser reprodutora de ideologias conservadoras como se fossem científicas, justificadoras da exploração e do domínio econômico.

Sendo desse modo, é fundamental os alunos reconhecer na práxis que deve ser coletiva os elementos políticos da transformação.

Com efeito, um projeto político pedagógico que justifica o status como discriminação social, não é pedagogia política educativa.

O aluno só se torna humano pela educação por meio da criação de um mundo de igualdade, quando no mesmo não existem excluídos, sendo a verdadeira exclusão não apenas cultural, porém, sobretudo, econômica.

A educação política pedagógica não pode separar a inclusão do aluno enquanto ser que aprende e constrói o saber.

Entretanto, sobretudo, não haverá inclusão acadêmica, se o modelo social político de Estado, não possibilitar uma sociedade produtiva que produz riquezas e a divisão social da mesma. O que denomina de sociedades sociais.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/11/2016
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