"A ORIGEM DOS EMPRESÁRIOS DE MAGÉ NÃO INVESTIREM EM CULTURA"

...é que para ele, o empresário, é muito mais vantajoso investir na força de trabalho do teu empregado...Pois, o empresário aqui em Magé entende que dar dinheiro, entre aspas, para restaurar nossas igrejas centenárias é jogar dinheiro fora...Dar dinheiro aos vencedores do FESTIVAL DA MPB EM MAGÉ é mau negócio e, a escolha de nossa candidata a Miss Baixada é dispendioso levar uma comitiva, etc. Doar troféus aos nossos poetas e escritores em concursos é missão da Academia Mageense de Letras, pois, nada disso traz retorno financeiro e não aumenta o lucro da tua empresa...Assim pensa o empresário mageense, que se intitula gerador de empregos...

Acontece que, ele, se esquece ou tenta ignorar ou anti-cultural mesmo que a cultura também abre frente de trabalho...Imagine se tivéssemos em Magé um teatro, teria que ter o porteiro, um faxineiro, um administrador...Teria que ter um ator, um diretor e por aí vai...Mas, a visão dele que sempre está de costas para a cultura e de frente com o olhar de ganancia no bolso do mageense é tirar proveito gratuito, admitindo temporários, estagiários, pois, ele sabe que em Magé existem mais pessoas desempregadas do que empregadas ocasionando um excesso de gente à querer trabalhar até de graça! E assim vai o empresário mageense enriquecendo e querendo posições sociais privilegiadas, dizendo que emprega mais do que a Prefeitura Municipal. Afastando-se da nossa cultura, cada vez mais, virando as costas e omissos quanto ao abandono da nossa Primeira Estrada de Ferro, da falta de turistas virem à Magé conhecerem o Poço Bento, nem querem saber das paredes descascadas da Igreja do Morro do Bonfim. Da lama que encharca a Praia de Piedade. Da falta de um museu para Mané Garrincha. Da sujeira que tomou conta das nossas Cachoeiras e o da não realização dos desfiles das Escolas de Samba por falta de dinheiro!

O empresário mageense, acredite se quiser: ele ainda vive no tempo em que ser empresário era somente juntar dinheiro, dinheiro e dinheiro. Hoje não é assim, todos nós sabemos que o verdadeiro empresário é um indivíduo inserido no contexto social, econômico e político e a tua função deve ser estática e descritiva do papel que exerce no lugar (principalmente aqui em Magé) onde realiza teus negócios...

Como em Magé, parece que as mentes de seus empresários não mudam é esta a origem deles não investirem em cultura.

Roberto da Silva

Coordenador

FESTIVAL DA MPB EM MAGÉ

UPCM-UNIDOS PELA CULTURA DE MAGÉ.

Silva Roberto
Enviado por Silva Roberto em 22/07/2015
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