"PORQUÊ FALTA UM MUSEU PARA GARRINCHA EM MAGÉ."

(baseado em fato real)

..estava eu lá em frente ao mausoléu do Garrincha, em Pau Grande, quando, derrepente, uns dedos cutucaram as minhas costas e uma voz com sotaque estrangeiro me fêz um pedido de informação até pertinente: - "Moço, sabe me dizer se aqui em Magé, tem um museu para Garrincha ? " - Eu, virando-me e de frente ao perguntador estrangeiro, respondi franzindo as rugas de minha testa por causa já dos meus cinquenta e poucos anos: "Não, aqui em Magé, não tem um museu para o Garrincha...". O visitante, estrangeiro, então indagou-me se os mageenses sabiam das 60(sessenta) partidas de futebol disputadas pelo Garrincha entre os anos de 1955 e 1966 nas Copas do Mundo. Se, os mageenses, sabem que o genial jogador ganhou diversos prêmios individuais: bola de ouro da Copa do Mundo da FIFA em 1962. All Star Team da Copa do Mundo da FIFA 1958 e 1962; segundo maior jogador brasileiro do Século XX; quarto maior jogador sulamericano do Século XX; oitavo maior jogador do mundo do Século XX pela revista inglesa World Soccer(2000); sétimo maior jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA(2000) e muitos outros prêmios, nacionais e internacionais. E eu, humildemente, respondi-lhe que não...E, que, ao contrário, ele, o gringo, sabia e porquê estava ali aplaudindo o belo trabalho que fêz em vida o nosso Mané Garrincha.

Agora, imagine você meu querido leitor pois não é hora de fundar um museu para Garrincha em Magé, para que eu não fique com as minhas bochechas vermelhas de vergonha por que o estrangeiro-visitante me perguntou se tinha o museu e eu não soube responder o não direito e o nem porquê!...Acho que não é hora de buscar os culpados pela falta do museu e sim aliados para que a partir de hoje todos nós mageenses em campanha iniciemos o projeto do museu, pois, Garrincha, o nome Mané Garrincha é conhecido no mundo inteiro, assim como Magé, por causa dele, o Anjo de Pernas Tortas, disse o poeta.

Para terminar quero registrar que o gringo ao se despedir de mim com aquele tapinha nas costas pediu-me, também, que, quando o museu fosse construído não esquecer de pedir as autoridades mageenses o livro de visitas pois ele queria deixar registrada a sua vinda da Suíça diretamente a Pau Grande para conhecer o mausoléu do seu ídolo no futebol...

Foi embora o sueco-visitante e eu fiquei com a ingrata missão de unir mageenses para a construção do museu e, também, convencer as autoridades que o nome Garrincha, ou melhor Mané Garrincha até hoje e sempre trará turistas, milhões de turistas a Magé. Será que eu vou conseguir ?

ROBERTO DA SILVA

Coordenador do UPCM-UNIDOS PELA CULTURA DE MAGÉ, movimento cultural independente que anualmente promove um FESTIVAL DA MPB EM MAGÉ com objetivo de divulgar e revelar novos valores em todas artes.

Silva Roberto
Enviado por Silva Roberto em 21/07/2015
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