Uma comparação das Filosofias de Platão, Santo Agostinho, Aristóteles, Averróis e Tomás de Aquino.

Platão um gênio do pensamento indo-europeu, criou o princípio da reminiscência, contrariando os fundamentos do empirismo.

A realidade do mundo é ilusão, o verdadeiro mundo é outro, no qual a realidade é perfeita. Portanto, na terra, adquire-se a sabedoria pela participação de outra essência.

O espírito é a reminiscência de outro mundo, o sábio é aquele que conseguiu a evolução em um mundo ideal, onde reside a alma humana.

O espírito não reminiscente é atrasado em todos os aspectos da vida humana.

Objetivo da teoria de Platão tão somente combater o fundamento da democracia da cidade Estado, Atenas grega.

Aristóteles seu discípulo direto, achava Platão reacionário, desenvolvendo sua teoria política como ideologia, com efeito, sua formulação não era científica, negando na acepção a praxiologicidade lógica. Dessa forma era necessária a destruição da epistemológica de Platão.

Com efeito, Aristóteles o primeiro destruidor, afirmando que não existiam dois mundos, o empírico e o da morfologia ideal. Existe tão somente uma realidade, substancializada no empirismo.

O que significa tal acepção, não existe a divisão corpo e alma, a última é a essencialidade do corpo, desse modo encera com o referido.

A realidade é apenas material. Sendo assim, destrói a cultura helênica, fundamento da ressurreição e da reencarnação.

A Filosofia de Platão serviu de fundamento para escola patrística, Santo Agostinho, a ressurreição da alma, e, para o espiritismo europeu, a reencarnação Kardecista.

Entretanto, para a exegese cristológica, não existe a salvação da alma separada do corpo, em referência a pregação de Cristo. Portanto, salvam-se o corpo e a alma, por ser uma junção.

Desse modo efetiva-se a hermenêutica judaica, que jamais fora inteiramente helênica.

O cristianismo europeu percebera que pregava o paganismo. Motivo pelo qual teria que ser reconstruído pela escolástica tomista.

Nesse momento, os califas orientais pediram Averróis que construísse uma doutrina que servisse de instrumento para fundamentar a fé islâmica.

A grande questão o islamismo sofrera mais influência do judaísmo que do pensamento helênico. Portanto, a salvação da alma não era do espírito, no entanto, do corpo e alma, como um todo.

Desse modo, Averróis não poderia buscar fundamento para o islamismo no platonismo e muito menos na escola patrística. Com efeito, o caminho natural foi Aristóteles, pois o mesmo não era essencialmente Helenizado.

Sendo assim, Averróis condensou tudo que havia do pensamento árabe reformulando a partir do pensamento grego.

Reutilizou Aristóteles, negando os fundamentos do platonismo.

Portanto, os comentários de Averróis a respeito de Aristóteles exerceram grandes influências na escolástica.

Averróis com sua monumental obra: Destruição das destruições, reabilitação da razão grega, define que a espécie sapiens tem apenas um intelecto, uma tipificação de memória e que todas as almas particulares são mortais.

Tomás de Aquino dedicou um bom tempo para combater o movimento filosófico desencadeado por Averróis em defesa de Aristóteles. Considerava por demais materialista.

No entanto, Averróis conseguiu materializar a fé islâmica com o aristotelismo, sem perder a tradição judaica, levando a fé islâmica ao conceito da salvação integral de corpo e alma.

Posteriormente, Tomás de Aquino teve que proceder do mesmo modo, superando o paganismo da patrística, a articulação do pensamento de Platão com Santo Agostinho, como se a salvação fosse tão somente da alma.

O novo procedimento tomista seguiu epistemologicamente exegese semelhante à teologia reutilizada aristotelicamente, a salvação de total corpo e alma.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/05/2015
Reeditado em 30/05/2015
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