CARNAVAL - SUAS ORIGENS E TRADIÇÕES

O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar. Tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma.

A igreja católica determinou que esses festejos só deveriam ser realizados antes do período triste da Quaresma e, em 1091, a data da Quaresma foi definitivamente estabelecida; como consequência indireta disso, o período de Carnaval estabeleceu-se na sociedade ocidental, sofrendo, entretanto, certa oposição da Igreja, na Europa.

Segundo alguns estudiosos, a origem da palavra Carnaval é «carrum navalis» (carro naval). Essa etimologia, entretanto, já foi contestada. Atualmente a mais aceita é a que liga a palavra Carnaval à expressão «carne levare», ou seja, «afastar a carne», uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes da Quaresma.

O CARNAVAL NO MUNDO

O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade do século XIX. As cidades de Veneza e Paris foram os grandes modelos exportadores da festa carnavalesca para o mundo.

O Carnaval mais conhecido no mundo é o do Rio de Janeiro, seguido pelo de Veneza.

Em final dos anos 1920 o Brasil buscava criar uma identidade capaz de diferenciá-lo dentro da nova ordem mundial estabelecida após a Primeira Grande Guerra. A festa carnavalesca e o novo ritmo recém surgido - o samba - seriam as bases para a formulação de um sentido de brasilidade.

Atualmente, o carnaval do Rio de Janeiro está no Guinness Book como o maior carnaval do mundo, com o desfile das várias escolas de samba, durante vários dias.

Em Veneza, o Carnaval é uma festa feita pelas pessoas e para as pessoas. É o apogeu da iniciativa e da liberdade individuais, de cada um se mascarar em função da sua fantasia ou desejo de encarnar uma personagem ou uma identidade completamente diferente daquela que tem de assumir ao longo do resto do ano. Naturalmente, que uma bela e sofisticada máscara é dispendiosa e representa um investimento que não está ao alcance da maioria dos foliões, mas existe sempre a modalidade do aluguer de um fato completo ou da compra de uma máscara para o rosto ou de um chapéu mais original para participar na festa. Por toda a cidade, multiplicam-se as lojas e os artesãos de máscaras para todas as bolsas, das mais simples, fabricadas em "cartapesta" (mistura de gesso e pasta de papel), às mais trabalhadas, com banhos de metal e decoradas com prata e ouro.

O grande trunfo do mascarado está no seu completo anonimato. Em muitos casos, até é difícil dizer se é homem ou mulher. Quem sabe se, por detrás de uma máscara não está uma personalidade pública famosa, um conhecido ator de cinema ou um cantor de sucesso que, a cobro de um disfarce bem conseguido, se diverte livremente num mar de gente, longe da perseguição dos "paparazzi".

Uma das máscaras mais procuradas em Veneza, é a tradicional "bauta" (máscara branca em forma de bico), completada por um chapéu de três pontas, um "tabarro" (casaco largo) e uma capa preta de seda cobrindo os ombros e o pescoço, que recria o nobre veneziano.

Dois cafés de renome da Praça de San Marco - o Florian e o Quadri - são pontos de passagem obrigatória, para observar as mais ricas máscaras dos afortunados que podem viver o Carnaval com fausto e luxo, não hesitando em gastar milhares de euros para recriar as vestes de um nobre ou de uma dama do séc. XVIII.

(07/03/2011)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2833942
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