O delírio de uma razão vunerável.

Que loucura, que delírio, imaginar um lugar bonito, no infinito, para a cognição residir quando libertar-se do corpo.

Como se a realidade fosse o espírito, negando o corpo, o mais elevado grau de distúrbio mental.

Filosofia helênica essencializada por Platão, Aristóteles sabia que Platão era essencialmente louco.

Herança da cultura árabe ao mundo grego, como se antes um espirito tivesse criado tudo.

Procedência semítica ao mundo hebraico, substanciado por Constantino, imperador romano no concílio de Niceia 325 depois de Cristo.

Entretanto, não explica quem criou o espírito, sendo que sempre existiu sem nenhum princípio, o mito da existência humana.

Deste modo, surgiram Platão, Plotino, Santo Agostinho, a separação do corpo e alma, as diversas teorias, todas associadas a moral da dominação econômica.

Como se deus fosse a própria projeção da burrice humana, salvam aqueles que sujeitarem lógica da exploração humana, os vulneráveis psicologicamente.

A ética do pecado, fundamenta a transcendência do espírito como compensação da desgraça econômica.

Este lugar simplesmente não existe, um conceito criado pelo catolicismo cristão.

Uma ideia do apóstolo Paulo com a finalidade de domesticar tribos bárbaras ocidentais inimigas.

Sendo a cognição uma evolução das cordas vocais, como produto da evolução primata em bípede.

O corpo como produto da materialidade química, resultado do átomo evoluído, tudo se remonta para a mesma materialidade, o fim da cognição é o término do corpo em poeira cósmica.

Deste modo, a dissolução da matéria na natureza, o fim do mundo metafísico imaginado, finaliza com o próprio delírio, quando o coração deixa de bater.

O único lugar que existe para o qual todos vamos é a natureza a qual produziu todas as coisas, o paraíso é um delírio conspiratório a uma ideologia ontológica fracassada.

Como se a desgraça fosse possível ser compensada espiritualmente.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/12/2019
Reeditado em 15/12/2019
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