CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ...

Escolhi o texto de Patativa do Assaré “Cante lá que eu canto cá”, o qual nos leva a uma reflexão acerca das diversas variações lingüísticas que são apresentadas no decorrer de nossa existência. Pois bem, cabe aqui ressaltar a relação entre o linguajar urbano e o do sertão. Realmente são modos diferentes de falar, sem, portanto, perder o sentido, pois, não atrapalha o nosso entendimento. E essa variação acontece porque as línguas se transformam ao longo do tempo, assumindo peculiaridades, características de grupos sociais diferentes e os indivíduos aprendem a língua ou dialeto da comunidade em que vivem. Cabe ao professor proporcionar aos seus alunos atividades que facilitem a elaboração do pensamento lógico e uma correta comunicação com o meio ambiente. O Português, como qualquer língua é um fenômeno não estático, isto é, evolui com o passar do tempo. Pelos usos diferentes no tempo e nos mais diversos agrupamentos sociais, as línguas passam a existir como um conjunto de falares diferentes, todos semelhantes entre si, mas cada qual apresentando suas peculiaridades com relação a alguns aspectos lingüísticos, sem desgarrar-se de suas origens. Portanto, o professor deve usar a linguagem do aluno como exemplo para mostrar a “diferença” e não o “erro”, pois não existe mais um único jeito de falar o português, mas um respeito pelos diversos falares que nossa língua ganhou em cada região do país e em cada grupo sócio-econômico.

Maria Sodê
Enviado por Maria Sodê em 27/07/2015
Reeditado em 28/08/2015
Código do texto: T5324934
Classificação de conteúdo: seguro