Sobre a obra de Paulo Coelho

Minha formação é em desenho industrial e sou escritor por aprendizado próprio e por cursos vários que fiz, entre eles, o curso de Produção Textual com a grande poetisa Maria Regina Moura.

Gostaria que me vissem como um escritor e poeta que aprecia Paulo Coelho tanto quanto Cecília Meireles, Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade em poesia e Mário de Andrade, Machado de Assis e Graciliano Ramos na prosa. Na minha opinião, aliás, a literatura de Paulo Coelho não deixa nada a desejar a nenhum desses autores, bem como a nenhum autor do passado ou do presente. POde ser um estilo simples, mas não simplório, como muitos querem dizer. E quando simplicidade é motivo de exclusão ou de préconceito é sinal de que alguma coisa está muito errada, algo que coloca o hermetismo e a complexidade como qualidade máxima ou, pelo menos, como qualidade que distingüe o bom do mal autor. Isso não existe nem pode existir.

Inclusive Tólstoi já dizia que as grandes obras de arte só são grandes porque são entendidas por todos.

Ser simples e conciso é qualidade das melhores que distingüe, isso sim, o autor pedante ou pernóstico do autor que não faz uso desses vícios para fazer-se destacar. E àqueles que consideram os temas da literatura de Paulo Coelho menores só posso exprimir que os temas que ele trata são altamente complexos e, por vezes, escritos com hermetismo por muitos outros escritores que se dizem entendedores dos misticismos, dos ocultismos, dos esoterismos ou mesmo da própria religião exotérica. Fato esse que só engrandece ainda mais a concisão, a simplicidade e a rapidez de leitura nos escritos da obra de Paulo Coelho.