AUTOEXAME DA CONSCIÊNCIA E DO SABER

  Uma crítica construtiva, no melhor sentido da palavra, sempre se aperfeiçoa com os exercícios da autocrítica e, ulteriormente, da autoanálise; ou seja, ela começa com o exame e as percepções de nosso próprio conhecimento; e, mormente, de nossa consciência, considerando as nossas limitações, potencialidades e o alcance de nossas ideias. Portanto, basta um olhar cuidadoso sobre a atividade de nosso pensamento (com todas as suas nuances) para termos uma real dimensão do que sabemos.O nosso conhecimento só evolui, só progride, quando temos uma certa humildade para reconhecer o que ainda não sabemos, principalmente no âmbito de nossa área de atuação. É com essa abertura de espírito que nos movemos para ir em busca de novos domínios e experiências cognitivas. A nossa inteligência se constitui não somente por meio de técnicas de aprendizado, mas também por meio da flexibilidade a romper barreiras culturais, da motivação para o diálogo e da ética que busca invalidar o orgulho de nossa vã pretensão de saber absoluto, no qual não deixa de ser uma forma inconsciente de nos distanciarmos de quem somos e uma ignorância acerca de nossa própria condição intelectiva e existencial.