O CORTEJO

Curvando-se pelas ruas escuras,

dentro da tarde que chovia

lágrimas de dor e agonia,

num cortejo de longas torturas.

Seguia seu corpo, agora pálido,

lentamente dentro de um caixão,

que me tirava toda a razão,

com o fim dos seus beijos cálidos.

Acompanhei aquela fúnebre procissão.

Triste, amargurado, desgostoso,

e por longas ruas sem fim.

Por saber que minha ilusão,

o meu bem mais precioso,

estava sendo tirado de mim.

Nova Serrana (MG), 31 de dezembro de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 15/09/2017
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