Foi-se com o vento

Jurei que esqueceria

Esses negros olhos

Ornados de fel...

Virei a página sem ter lido

As últimas linhas da poesia que me fez.

Nunca quis acreditar em suas promessas;

Não resisti, entretanto, e acreditei até em seu amor...

E eis-me aqui, sozinha na fogueira das lembranças...

Roubaram-me o que de melhor eu tinha.

Sem dó, nem piedade, negaram o que juravam existir.

Carregaram-me o coração...

A vida desapareceu de repente...

Voou com o vento da ilusão...

A estrela apagou-se em mim.

Luz que trazia para iluminar também,

Com o brilho natural, a sua escuridão:

A sua alma que descobri trevosa,

Negra, falsa e enganosa.

Tudo vai e tudo vem

E eu temo o retorno dessa história.

Nego-me, todo tempo, sentir raiva de você...

Eu não quero participar da sua re-ação

Por isso quito aqui o que me deve:

Ouso perdoá-lo de todo coração,

Me atrevo a estender-lhe a mão da amizade,

Uma canção suave que mantém

Calado o meu sentimento.

E assim sigo os dias em melhores companhias...

Não perco jamais o amor que tenho e que me edifica...

Ontem passou e hoje é o amanhã deste verdadeiro amor fortificado.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 24/09/2013
Código do texto: T4495594
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