PEQUI: OURO DO CERRADO
 
   
 
           O pequizeiro é arvore protegida por lei (IBDF - portaria 54 de 03.03.87) que impede seu corte e comercialização em todo o Território Nacional.
 
(Caryocar brasiliense); o Pequi (Carayocaraceae)

 é uma árvore nativa do cErrado brasileiro, cujo fruto,

       muito utilizado em Quase toda cozinha nordestina,

          Mato Grosso e/oU Minas Gerais; mas é considerado tipicamente goiano.
           Chega a ser consIderado símbolo da cultura do estado de Goiás.
             Árvore de até 10 m de altura, tronco de casca áspera e rugosa.

 


  Folhas pilosas, compostas de três folíolos cOm as bordas recortadas.

     Grandes flores amarelas e vistosas, que mUrcham rápido.

        Madeira de ótima qualidade, por isso a pReservação é tão importante.
O pequizeiro floresce durante os meses de agOsto a novembro,
com frutos madurando a partir de setembro até o início de fevereiro.
 

        Fruto tipo drupa, arreDondado, casca esverdeada,
 
como um abacate pequenO, só que mais rechonchudinho.

 

      Polpa de Coloração amarela intensa que envolve uma semente dura,

            que tEm uma castanha branca e macia, também comestível.

     Dele é extRaído um azeite denominado azeite de pequi.

       PequizeiRo, uma cidade no estado do Tocantins, nome em

         homenAgem à árvore, celebra a festa do pequi todos os anos.

    É encontraDo também na Bolívia.

Em São PaulO está na lista de espécies ameaçadas.
 
Os frutos consumidos cozidos, puros ou juntamente com arroz e frango. Seu caroço é dotado de muitos espinhos, e há necessidade de muito cuidado ao roer o fruto, evitando cravar nele os dentes, que, se mordidos, os espinhos fincam-se na língua e no céu da boca, provocando dores intensas; e sérios ferimentos nas gengivas e no palato; risco este que deixa de existir, uma vez assimilada a técnica de degustação que é de fácil aprendizado. Deve ser comido apenas com as mãos, jamais com talheres. Deve ser levado à boca para então ser "raspado" - cuidadosamente - com os dentes, até que a parte amarela comece a ficar esbranquiçada e parar antes que os espinhos possam ser vistos.
O sabor e o aroma dos frutos são muito marcantes e peculiares. Pode ser conservado tanto em essência quanto em conserva.
 

Usos

 
Nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa, ainda no início do século XVIII, o pequi começa a ser utilizado na culinária de Goiás. Na região que circunda a cidade industrial de Catalão, o pequi era utilizado tão somente para a fabricação do Sabão de Pequi, de propriedades terapêuticas.
O fruto pode ser apreciado em variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás. Além de doces e sorvetes.
O fruto do pequizeiro, por ser rico em óleo já foi muito utilizado na fabricação de sabão caseiro pelos moradores rurais do Tocantins, que não tinham fácil acesso ao produto industrializado. Na fabricação do sabão, a massa do fruto era misturada a um líquido retirado das cinzas de uma árvore conhecida popularmente por "Mamoninha", essa mistura era levada ao fogo e produzia um sabão vegetal de cor preta brilhante, bastante macio, que era usado para lavar roupas, utensílios e principalmente para a higiene pessoal, pois segundo as pessoas que o fabricavam o produto fazia bem para a pele e cabelo.

 

CURIOSIDADE SOBRE O PEQUI

 
Recentemente, foi descoberta uma propriedade do óleo de pequi que, antes mesmo de poder ser explorada pelo Brasil, já foi patenteada por japoneses. Ela foi recentemente batizada de CSL (chemical strengthener layer). Segundo as pesquisas, basta adicionar cinquenta mililitros de óleo de pequi a 4l de óleo mineral para que se consiga o efeito da superdureza em qualquer material metálico, aumentando, inclusive, a carga de molas se for aplicado uniformemente. Existem testes em motores com cabeçotes totalmente originais girando mais de 10 000 rotações por minuto sem indícios de fadiga ou quebra.

ARROZ COM PEQUI

 INGREDIENTES
 
Doze caroços de pequis Amarelos e descascados;

duas xícaras de arRoz lavado e escorrido;

quatro colheRes de sopa de óleo; alho, cebola

e sal a gOsto; quatro xícaras de água quente;

noZ-moascada, pimenta e cheiro verde a gosto

 
 
MODO DE PREPARAR
 
               Numa panela junte os Caroços de pequi,

             o óleo ou a banha, o alhO e a cebola,

leve ao fogo brando e refogue, Mexendo sempre,
até o alho e a cebola ficarem dourados.
 


Acrescente o arroz e frite mais um Pouco.

Junte a água, com sal a gosto, tempEre e cozinhe

  até o arroz ficar macio e a água Quase secar.

           Acrescente pimenta e mistUre delicadamente.

      Tire do fogo, polvilhe com cheIro verde e leve à mesa.
 
 
P. S. Bem sei que aqui não é espaço para receitas culinárias, mas esta é típica de Goiás; e muitos do RL não a conhecem, talvez até mesmo nem conheçam o pequi. Assim...
 
Aqueles que se sentirem melindrados e/ou ofendidos que se manifestem.