A METÁFORA É UM SALTIMBANCO

O mundo sem os micro-organismos seria inerte, sem vida intracelular. Cabe às bactérias mudar o tecido do mundo. Tudo começa pelo microcosmo – a miniatura do universo. Em Poética, os micróbios são as figuras de linguagem. Um deles, a tal de metáfora, é um saltimbanco que rouba o chão em que os nossos pés estão aparentemente plantados. Dentro de si sobrevive a necessária liberdade de ser e estar. Não há como tirar das metáforas a subversão da palavra ou a imagética que a designa, dando-lhe nova roupagem e novo respirar. O que importa é o sentido CONOTATIVO da linguagem. Nos territórios da Poética, é por aí que se dá o rebuliço...

– Do livro OFICINA DO VERSO, 2015/16.

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