Conde Drácula - Imortal
Sobre a linha do horizonte
já depois da meia noite
chega em busca do açoite
chega em busca de uma fonte...
Sua boca já grudada
e a garganta ressequida
o teu sangue é a bebida
que precisa ser-lhe dada.
Os seus olhos injetados
só conseguem te enxergar
nua e bela ao luar
a mostrar esses costados.
Vem pra mim... Oh! minha musa!
vem me dar o teu pescoço
vou mordê-lo até o osso
vais pedir-me: Vem e abusa...
Tua língua, eu vou prender,
vou sugar tua saliva...
vou fazê-la minha Diva
e depois me oferecer...
Meu desejo é te lamber
da cabeça até os pés
só parando nos viés
onde a carne é de comer...
Minha língua eu vou passar
do joelho até o vulcão
que na sua erupção
docemente vai queimar.
Vou morder teu calcanhar
como fosse um cão bravio
acender o meu pavio
para enfim te incendiar...
Ao olhá-la bem no olho
vou entrar em sua alma...
vou buscar a minha calma
e abrir o teu ferrolho...
Teu amor que era cativo
hoje mora no meu peito
me deixando satisfeito
me fazendo assim altivo.
Nada mais podes fazer
a não ser se entregar
aos carinhos que eu vou dar
ao amor que eu vou tecer.
O meu sonho vou lhe dar
nem que seja só metade
mas, repleto de verdade,
vou aos poucos te mostrar...
Conde Drácula, imortal,
veio atrás da boca espessa
vai torná-la uma Condessa
e mimá-la como tal...