Das Estrelas que Pedi

Admiro lá um manto azul - escuro,

Como o fundo do profundo oceano

Que estende-se sobre meu olhar

Sobre nós, sobre tudo, e mais: é

Salpicado de pequeninas jóias;

Pequenos diamantes, como são

Possíveis de existir só em teu sonho...

E me perco a fitá-las e ver

Que ao fitá-las posso ter enfim

Luzes quais às dos teus olhos miúdos:

Jóias que, ao olhá-las, tremeluzem

Nas meninas de meus olhos perdidos

Nas ruas, nas esquinas e nos guetos,

Nas ondas espumadas e argênteas;

Estrelas tais, diamantes azuis,

Onde cada alma humana reluz,

Onde cada lume é chama passada...

Mas quem dera tivesse eu nós tantos,

Correntes, tantas vidas a viver

Só para, em cada uma, poder ter

Chance de uma vez mais te encontrar.

Gabriel Caetano
Enviado por Gabriel Caetano em 15/02/2007
Reeditado em 17/10/2008
Código do texto: T382806
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