APENAS POETA
Dizem que o poeta é um fingidor
Porque se vale do imaginável
Imagina-se amado, descreve o amor
O poeta é ou não admirável.
Coloca-se dentre sonhos que descreve
Contradiz-se até sem perceber
E quem os lê às vezes nem percebe
Que quase sempre ele fala de você.
Você que silencia seus amores
Que não consegue descrever desilusão
E que dos desencontros soma dores
Que lhes ferem cruelmente o coração.
O poeta muitas vezes se descreve
Sem deixar transparecer falar de si
Porém, nas entrelinhas quem os segue
Quase sempre sofre junto sem fingir.
O fingidor quase sempre é o poeta
Segundo já foi dito anteriormente
E nós sabemos que a verdade é esta
Alguns poetas se descrevem realmente.
E ainda que digam algumas verdades
Nem sempre é de si que estão falando
Inspiram-se na solidão e na saudade
E se descrevem como estão sonhando.
Brasília, 23/05/2010
Dizem que o poeta é um fingidor
Porque se vale do imaginável
Imagina-se amado, descreve o amor
O poeta é ou não admirável.
Coloca-se dentre sonhos que descreve
Contradiz-se até sem perceber
E quem os lê às vezes nem percebe
Que quase sempre ele fala de você.
Você que silencia seus amores
Que não consegue descrever desilusão
E que dos desencontros soma dores
Que lhes ferem cruelmente o coração.
O poeta muitas vezes se descreve
Sem deixar transparecer falar de si
Porém, nas entrelinhas quem os segue
Quase sempre sofre junto sem fingir.
O fingidor quase sempre é o poeta
Segundo já foi dito anteriormente
E nós sabemos que a verdade é esta
Alguns poetas se descrevem realmente.
E ainda que digam algumas verdades
Nem sempre é de si que estão falando
Inspiram-se na solidão e na saudade
E se descrevem como estão sonhando.
Brasília, 23/05/2010