DESALENTO

Sou eu um porto vazio
Num oceano de mágoa
Sem embarcação, sem destino
Onde a solidão deságua.

Sou eu quem sofre calada
Que chora seus desalentos
Que passa as noites acordadas
Viajando em pensamentos;

Lá onde não há estrelas
Só eu e a solidão
Tentando afogar tristeza
Vagando na escuridão;

Onde ninguém possa vê-la
Já que a resignação
Ensina-me a escondê-la
No invólucro da razão.



Brasília, DF
24/04/2010