TROVAS DO SILÊNCIO
Silêncio, como a clausura,
É a prisão do sentimento
Com as grades da armagura
E as mordaças do lamento
A voz calada no peito
É uma bomba de pressão
Que silencia o sujeito
E explode no coração
Gosto de falar de amor
Mesmo que seja platônico
Para curar qualquer dor
Uso o amor como tônico
Abra a boca, dê um grito
Diga que sim ou que não
Do sofrimento infinito
O silêncio é a razão