ABSOLUTA CERTEZA


Somente quando morremos
É que nós somos iguais
São as leis que conhecemos
Que nos tornam irracionais.

Que adianta o puder
Do que nos serve o orgulho
Se no dia em que morrer
Teremos o mesmo futuro?

Dizem que é aqui na terra
Que a humanidade se purifica
Para não levar com ela
Todo peso desta vida.

Só os que virarem cinzas
Não irão ser consumidos
Por vermes que extermina
Todos que tenham morrido.

Ninguém é mais que ninguém
Depois que Deus determina
O dia do vai e vem
Todos trazem a mesma sina.

Por isso, pra que orgulho?
Por que tanta avareza
É esse o nosso futuro
Com absoluta certeza.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional