AUSENCIA

Muitas vezes a ausencia nos maltrata
Especialmente sem qualquer razão
Basta o silêncio que aos poucos mata
O que plantamos juntos aqui no coração.

Faz-nos sentir que aquela semente
Não poderia germinar se não regada
No dia a dia ou constantemente
Com o carinho com que foi plantada.

Aquele instante em que semeamos
A sementinha de um sonho lindo
Mais parecia o encanto que sonhamos
Em propagar por mais e mais caminhos.

Mas de repente um silencio atroz
Fez-se presente e a desesperança
Mais uma vez tomou conta de nós
Descolorindo assim a esperança.

Meu coração até então de férias
Tinha aberto uma exceção
Mais uma vez se foi à primavera
Como também fechei meu coração.



Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional