UM BRINDE À NÃO EXISTÊNCIA


Somo os únicos que distância alguma
Há de separar, porque não existimos.
Até podemos brindar o incolor,
O abstrato, pois se não existimos...

Entristece-me tanta solidão
E me entristece toda essa distância
Mas de uma coisa eu tenho certeza
É que falamos o mesmo idioma.

Entristece-me todo este silêncio
Angustia - me não saber quem és
Só sei que vives onde há só saudades
Onde a esperança sequer tem mais cor,

Do lado oposto da felicidade
Onde ninguém jamais pretende ir
Lá só se vai por casualidade.
Brindemos, pois esse não existir.


Brasília, DF
Registrado na  Biblioteca Nacional