CANTIGA DE SOLIDÃO



De repente a solidão
Tenta machucar-me o peito
E ferir-me o coração
Dizendo ser mal sem jeito.

É numa dessas estradas
Que caminho e já faz tempo
Sofrendo sempre calada
Ou fingindo estar contente

Há momentos que me esqueço
De aprender a viver
Mas viver até tem preço
Por que não compreender?

Resignada e sozinha
Pois foi assim que nasci
Agora que a vida é minha
Posso dizer que aprendi.

Às vezes neste caminho
Salta-me a melancolia
Lembro-me dos passarinhos
Que é a própria alegria.

Solidão é estado da alma
Está bem dentro de nós
Cantando o peito se acalma
E não nos sentimos sós.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional