CANTANDO PRA NÃO CHORAR
É cantarolando que males espanto
Quando geralmente me sombreiam a vida
É que aprendi prantear cantando
Qualquer dor que seja mais doída.
Por vezes a lágrima teima e escorrega
Aí é que meu canto lhe mostra o sabor
Que tem uma lágrima e o sorriso nega,
Diz que simplesmente não chorou.
E quem neste chão nunca derramou
Por menor que fosse gotinhas do olhar?
Mente quem disser que jamais chorou,
Ainda que seja um pranto de amar.
Eu nino meu pranto quando às vezes choro
Adoçando o canto para não chorar
Pois sei que cantando mostro para os outros
Alegria no que escondo em meu olhar.
Minha mãe dizia ser a dor da gente
mas que o rosto sempre sertá do próximo,
Por isso meu peito canta a dor que sente
Já que o pranto é tão somente nosso.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca_nacional
É cantarolando que males espanto
Quando geralmente me sombreiam a vida
É que aprendi prantear cantando
Qualquer dor que seja mais doída.
Por vezes a lágrima teima e escorrega
Aí é que meu canto lhe mostra o sabor
Que tem uma lágrima e o sorriso nega,
Diz que simplesmente não chorou.
E quem neste chão nunca derramou
Por menor que fosse gotinhas do olhar?
Mente quem disser que jamais chorou,
Ainda que seja um pranto de amar.
Eu nino meu pranto quando às vezes choro
Adoçando o canto para não chorar
Pois sei que cantando mostro para os outros
Alegria no que escondo em meu olhar.
Minha mãe dizia ser a dor da gente
mas que o rosto sempre sertá do próximo,
Por isso meu peito canta a dor que sente
Já que o pranto é tão somente nosso.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca_nacional