NUM FESTIVAL DE FORMIGAS



Ironia do destino
Mas é que aconteceu
E ele estava dormindo
Coitado, como sofreu!

Dormia feita criança
Era seu aniversário
Não tinha a mínima esperança
De que fosse tão lembrado.

Coitado do meu amigo
Nem podia imaginar
Que fosse assim tão querido
E logo, pôs-se a sonha.

Sonhou que estava dançando
Era grande a alegria
Mas por debaixo dos panos
Coçando se retorcia.

Ele achou que mal não tinha
E não ouviu a família
Armou então a redinha
E caiu numa armadilha.

Pois é, esse meu amigo
Foi dormir todo faceiro
Desconhecendo o perigo
Despertou num formigueiro.

Finalmente amanheceu
Tudo voltou às antigas
Mas ele não esqueceu
Do festival de formigas.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional