REAFIRMATIVA


Meu poetar não tem dono
São quais as folhas ao vento
Sobrevive do abandono,
Bem como meus pensamentos.

Meu poetar se aconchega
Nos braços da solidão
De dúvidas e incertezas
De sonhos e ilusão.

Meu poetar é tristonho
É doce canto também,
Poetando o abandono
De um amor que não tem.
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Meu poetar não tem destino certo
É tão somente um jeito de dizer
De lamentar não ter ninguém por perto,
Uma maneira de me descrever.

Meu poetar é só um desabafo
Para deixar mais leve o coração
Falar do amor por ele não habitado,
Sem tanta mágoa pela solidão.

Meu poetar percorre alguns caminhos
E mesmo assim sem qualquer direção
É uma forma de não ser sozinha
E de chegar a algum coração.

Meu poetar é centelha e chama
Carinho entrega e imensidão,
Sentimentos puros que vagueiam
De braços dados com a inspiração.

Meu poetar é doce, chora rindo
Ainda que decante a solidão,
Ele percorre distantes caminhos
Através dos sonhos que se vão.

Meu poetar não dorme, faz serão
E sobrevive de melancolia
É tão somente pra que o coração
Esteja alerto para as fantasias.

Meu poetar não chora tão somente,
Procura humildemente poetar;
De gota em gota regar a semente
Que normalmente, não quer germinar.


Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional