AS TROVAS DA ESTRELA
 
Larguem do meu pé... chulé!
Vocês caem... eu fico de pé
pois eu tenho muita fé,
sou a estrela da Sé!    
 
Tenho um brilho diferente!
Sou a estrela cadente,
tenho a face aparente,
no peito uma dor latente.
 
Sou poeta sofredor,
colho espinho, semeio amor,
mesmo com o peito em dor,
Disfarço o dissabor.
 
Larguem do meu pé... chulé!
Não ando em marcha ré!
Não sou acém, sou filé!
Sou teto e não sou rodapé!    
(Graciela da Cunha)
Santa Maria/RS - 06/12/08