A grande lição! Aprendi com o meu mestre. Que paradoxo!
A grande lição! Aprendi com o meu mestre. Que paradoxo!
A vida me ensinou que chorar alivia, mas não cura; já o sorrir, além de tornar tudo mais bonito, ainda cura.
Eu aprendi uma grande lição em 2018, algo que, mesmo inconscientemente, tentei evitar por algum tempo. Aprendi a sobreviver sozinho, a depender apenas de mim mesmo para viver.
Este ano foi único! Passei por muitos desafios, situações que não esperava, decepções e muitas pedras no caminho. Algumas vezes, pareceu ter mais fases ruins do que boas e, em muitos momentos, eu pensei não ser forte o suficiente para superar tudo e seguir para mais um novo dia.
Tive que adiar alguns planos, pausar alguns sonhos e diminuir significativamente a lista de pessoas que quero manter em minha vida. Não foi fácil, mas agora eu sinto que esse foi um ano necessário, um ano de limpeza, um ano difícil, mas que me permitiu tomar as atitudes indispensáveis para que daqui em diante eu possa começar a construir minha verdadeira felicidade.
Eu aprendi uma grande lição em 2018, algo que, mesmo inconscientemente, tentei evitar por algum tempo. Eu aprendi a sobreviver sozinho, a depender apenas de mim mesmo para viver, não por me sentir superior, mas por entender que mesmo estando cercado de pessoas, muitas eu estou verdadeiramente sozinho.
Este ano eu entendi que família nem sempre significa amor, amizade nem sempre significa companheirismo e amores nem sempre significam reciprocidade.
2018 me ensinou que sempre tenho que estar pronto para me socorrer, salvar e me cuidar, porque príncipes encantados e famílias saudáveis são coisas muito raras.
Neste ano, eu finalmente entendi que não posso tentar deixar minha vida linda por fora, se meu interior estiver em pedaços. Preciso trabalhar em mim mesmo, parte por parte, e me curar de dentro prá fora, com calma, no meu tempo. Quando queremos apressar nossa própria cura, podemos comprometer todo o progresso que já fizemos.
O ano de 2018 me ensinou que as dores não somem da noite para o dia, e muitas não somem de maneira alguma, estarão sempre lá, em algum lugar no meu coração, e que por mais que não consiga eliminá-la completamente, eu tenho a capacidade de voltar a sorrir, de não permitir que uma experiência ruim me defina. Eu sou responsável por mim mesmo e tenho que agir dessa maneira.
Este ano, eu entendi que a vida é uma sucessão de ciclos, estamos sempre nos machucando, curando e recomeçando, e que se isolar do mundo para evitar ser magoado é apenas escolher uma outra dor para sentir.
Algo sempre vai estar contra nós, mas enquanto estamos vivos e tentando, podemos conseguir.
Sim, podemos! Podemos porque nascemos sem trazer nada, morreremos sem levar nada e nesse meio tempo, lutamos para sermos donos de algo.
Sinto tudo que me fez mal ir embora a cada gole de esperança que juntamente do café, vai penetrando meu ser. Percebo que nada é tão gracioso quanto estar dentro do meu silêncio e da minha paz, e, os tantos que jogaram-me pedras, foram para suas casas tão pequenos e vazios, não reconheceram quão sutil é olhar com gentileza e dar uma palavra de apoio, ao invés de simplesmente julgar.
Afinal, só eu e poucos aos que me reservo sabem da dor que carrego comigo, essa ferida que ora sangra, ora chora. Tanto para viver e ainda não consegui entender como algumas pessoas são más. Eu não sou, não me corrompo por nada nesse mundo. Sou grande se me reconheço prioridade.
Então, este foi um ano normal, não sinto que aconteceu nada de extraordinário comigo, mas ele me ensinou que sou o único companheiro que realmente tenho, que sou o único que pode me salvar e curar. Sou o único que pode cultivar a esperança em meu coração, e o único que pode me ensinar a amar a mim mesmo em todas as circunstâncias, nos acertos e nos erros.
Este foi o ano em que a vida me derrubou, mas ao invés de pedir ajuda para outras pessoas, eu olhei para dentro de mim e percebi que tenho o que é preciso para me levantar sozinho e seguir o meu caminho com um sorriso no rosto e esperança no coração. E isso é mais do que o suficiente!
Sim, mais do que suficiente, isto porque a gente aprende todo dia. Com a manhã que acorda. Com a noite que dorme. Com a flor que repente ri.
Aprende com o não. Aprende com o sim. Com a delicadeza inesperada. Com o perdão que liberta. Com o coração que bate incrivelmente, ainda que magoado.
A gente aprende todo dia. Com o desafio que aparece. Com o obstáculo a vencer e vencido. Com o que cura. Com o que dói.
Aprende com o sorriso do ‘leitão’ que nos faz sorrir gostoso. Com o abraço da criança que nos salva. Com a até a indiferença do outro. Com, mais ainda, a bondade alheia ainda que rara. Com a própria amargura e a própria bondade.
A gente aprende todo dia. Com a fé que se renova. Com a força que se revela. Com a ternura que faz o dia ser melhor.
Aprende com o que morre. Aprende com o que nasce. Com a experiência da gente. Com a experiência contada.
Aprende com a minguada amizade. Com o olhar de quem nos ama. Com o que nos aborrece. Com o que nos atrapalha.
Aprende todo dia sim, mas tive que encontrar em mim a certeza de que sou o meu mestre.
Extrema, 10/12/2018.
Milton Biagioni Furquim