Paradoxo fascinante do Direito
O Direito. Ah, o Direito! Senhor de infinitas interpretações, dignas de glórias e lamentos, que libertam e acorrentam que pacificam e conflagram que profanam e consagram.
O Direito. Ah, o Direito! Capaz de transformar uma vida ou uma sociedade inteira. Capaz de despertar a mais sublime sensação e o mais ardente frenesi. Com seu toque irritantemente eloquente, faz nascer e renascer a mais sábia dialética, mas também pode fazer petrificar o que já existe, trazendo o mais puro absolutismo para as mentes mais alienadas.
O Direito. Ah, o Direito! Categórico em seu fim, mas tão contestável em seus meios. Ansioso pela tão sonhada justiça social, mas tão remansado no labor diário para o alcance desse ideal. Como se essa justiça fosse possível. Será que é?
O Direito. Ah, o Direito! As vezes, mostrando uma utopia que parece ser tão real. As vezes, "abalando todas as estruturas" com uma realidade tão anormal que o único desejo é de que essa realidade simplesmente não existisse.
Mas, o fato é que o Direito tem dessas coisas. Ele cativa, intriga, revoluciona e conquista. E é por isso que é tão fascinante.