Estupidez Juridica , seus reflexos no ensino universitário e a verdadeira origem do Direito
Após observar o grande distanciamento dos mestres e professores do ensino de filosofia na escola de direito e da incapacidade do direito atual alcançar o perfeito equilíbrio social, decidi me aprofundar na metafísica do direito. Resolvi consultar cerca de 150 livros, o que atualmente seria equivalente a uma quantidade dificilmente alcançada por um aluno da graduação até o seu doutorado.
Infelizmente o Brasil é um país de pouca leitura, e em minha experiência cujo trabalho tem contribuído no atendimento ao público, observei que a maioria dos profissionais tem uma grande dificuldade de conhecimento até mesmo nas áreas em que atuam.
Em alguns casos, consegui notar que bacharéis em direito, advogados, e até mesmo promotores desconhecem a etimologia da palavra “bacharel”*, alguns afirmam que Platão** é nome e não apelido e imaginam até mesmo entender sua filosofia.
Em um caso bem específico uma professora de Direito Penal a mais de dez anos , desconhecia a etimologia da palavra “assassino” ***.
— Ora, evidenciamos uma completa ironia, descaso ou uma fatalidade para o ensino universitário, pois bem sabemos que, como disse Albert Einstein: “Duas coisas são infinitas: o universo e a burrice**** humana. Mas a respeito do universo ainda tenho dúvidas”.
Os administradores de hoje não podem exercer satisfatoriamente suas tarefas, mantendo-se dentro dos limites restritos de conhecimento das pessoas e das nações que bastavam aos governos de anos passados. Se nossos dirigentes não forem capazes de levar em conta as forças irracionais que operam neles mesmos, nos outros homens e nas nações, facilmente serão tragados pelo torvelinho das emoções das massas. Se não estiverem capacitados para reconhecer, em sua conduta pública ou privada, os reflexos de impulsos irracionais e de preconceitos, não serão capazes de lidar com os preconceitos alheios, quase sempre imprevisíveis.
A moderna ciência da medicina psicossomática demonstra que a preocupação constante e competição continua, as agressões repetidas, o desejo de dominar e governar os outros, o medo da responsabilidade, o fardo da profissão que se escolheu, figuram entre muitos fatores que concorrem para que o corpo e o espírito vão formando um padrão de reações somáticas.
Comungando com Platão e Rousseau, descobri que é necessário enxergar na antiguidade ou na era moderna, “que quaisquer reformas das instituições e dos costumes, deveriam começar pela reforma da educação”. Desconte com o fraco investimento na produção de conhecimento que tem tornado o método de ensino superior inviável para produção de teorias revolucionárias e evolutivas em nosso contexto atual, elaborei esta tese:
— Descortinando, de modo profundo, ante aos olhos do leitor, a mazela e a ineficácia do ordenamento jurídico atual em que nosso judiciário está mergulhado, trouxe à luz o princípio mishnáico que trata toda essa problemática trans-histórica e meta-empírica desde o começo da evolução racional humana. Conceituarei este princípio em alguns textos que postarei a seguir. Este princípio e conhecido no Oriente Médio, mais precisamente em Israel como o Código Secreto Judaico ou simplesmente Mishná Torá.
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* O grau de bacharel constituía uma espécie de elevação na escala social, era como uma espécie de aquisição de um certo foro de nobreza. Atribuindo a expressão bas-chevalier, a origem da palavra bacharel.
** O nome Platão com que se tornou célebre, é o apelido que lhe deram por possuir ombros muito largos. Seu verdadeiro nome era Aristocles, - é o que ensina Tannery. (Paul Tannery, art. “Platão”, in Grand Encyclopédie Française, vol. 26, p. 1071).
***ASSASSINO – Diz Manuel José que leu algures que “assassino” vem do nome de Hassan Sabah. Acho que está quase certo.Deve ter relação com a seita de guerrilheiros formada por Hassan Sabah, mas a etimologia de “assassino” vem de “hashish”, uma palavra árabe, que significa erva, e que é usada para designar o “cannabis”.No tempo dos Cruzados, os fanáticos muçulmanos ismaelitas, que se formaram em quadrilhas, para assassinar os cristãos e outros inimigos da sua fé, costumavam fumar o “hashish”, e sob a influência da droga cometiam os seus ataques.Um consumidor de “hashish” era um “hashishi”, e, no plural, “hashishin”, nome porque eram conhecidos os membros dessas quadrilhas.
“sefardin”.
Diz-se e escreve-se “fulano era sefardin”, quando em hebraico esta é a forma do plural e se deva dizer “fulano é sefardi”, ou “eles são sefardim”.Portanto, muito simplesmente, os que tomavam “hashish” eram “assassinos”, e assim derivou para várias línguas Onde entra aqui o Hassan Sabah? Hassan i-Sabbah (1034.1124), a quem Marco Pólo chamou o “Velho das Montanhas”, foi um missionário nizari, seita ismaelita iraniana, que converteu uma aldeia inteira, chamada Alamut, nas montanhas Alborz, no norte do Irão. Foi ele o fundador de um desses grupos a cujos membros chamavam, de forma derrogatória, os “Hashshin”. Daí que o nome de Hassan Sabah esteja ligado na história aos “assassinos”.