A Lei, a Bíblia e o Homem - Reflexão sobre o pensamento de Robert J. Pekkler em: Divórcio à luz da Bíblia.

O escritor norte americano Robert J. Pekkler, publicou em 1980 sua pequena obra: “Divorce and Christin – What the Bible Teaches”. Pequena em número de páginas, grande quanto ao levantamento de pontos cruciais para a vida do cristão comprometido com Deus.

Para aquele que queira viver um evangelho "meia-boa", do "oba oba", algo de qualquer maneira, obra de Pekkler não será útil.

Traduzida ao Português por Ia H. Kietzmann como: Divórcio à luz da Bíblia. Sendo revisada por Robinson Norberto Malkomes e revisão de provas por Vera Lúcia S. Barba, cuja Edição em português saiu pela Editora Sociedade Bíblica em 1988, e reimpresso em 1985.

Tal literatura veio à lume no Brasil versando acerca do divórcio no período – em plena ditadura militar: 1977 -, quando, coincidentemente no Brasil o ex-presidente Ernesto Geisel e o senador Nelson Carneiro (MDB-RJ) autor da Lei do Divórcio, preparou a emenda que iria acabar com a obrigatoriedade do divórcio único, mas o Artigo 38 só foi abolido em 1988.

“O presidente Ernesto Geisel sancionou sem vetos a Lei 6.515, que regulamentou o divórcio no Brasil. De acordo com o porta-voz da presidência, Geisel teria cogitado em vetar o polêmico Artigo 38, que limita a uma única vez o pedido de divórcio, mas concluiu que o veto "alargaria demasiadamente o projeto, contrariando o que os legisladores decidiram". O presidente preferiu então deixar o próprio Congresso retirar a restrição”.

“A partir de 27 de dezembro de 1977, com a vigência da Lei nº 6.5151, de 26 de dezembro de 1997, que regula os casos de dissolução da sociedade conjugal e do casamento, seus efeitos e respectivos processos, os artigos 315 a 328 e § 1º do art. 1.605, da Lei nº 3.071, de 01 de janeiro de 1916, foram revogados (art. 54 da Lei nº 6.515/77).

“Com a vigência da Lei nº 6.515/77, o art. 267 da Lei nº 3.071/16, passou a ter como dissolução da comunhão a separação judicial (Inciso III) até então tratada como desquite ou desquite judicial e surgiu o instituto do divórcio (Inciso IV).

Muito se pode ler sobre divorcio no tocante a leis que o favoreçam, como no caso do texto: O instituto do divorcio após alteração dada pela emenda constitucional nº 66/2010, entre outras dezenas.

Pouca literatura com bom conteúdo ou quase nada se encontra nos meandros evangélicos datadas deste período, já que no mundo secular, pouco há de se esperar no gênero.

Conteúdos que constrastem entre o divorcio e o que a bíblia propõe; sobre os impactos provocados na vida dos rejeitados através do divorcio – filhos e esposa descartada.

Ou comparações entre a situação dos filhos de casais evangélicos divorciados e sua atuação no mundo secular e religioso, como tem se dado?

Quais suas expectativas quanto ao seu próprio casamento ao espelharem-se no comportamento dos pais divorciados?

Com sete anos de atraso – resultante do descuido ou desinteresse dos evangélicos adeptos ao divórcio -, a obra de Plekkler foi traduzida e publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil em 1988. Pelo menos veio à lume, com muito tempo de atraso. Neste período de obscuridade, pouca literatura sobre tal tema veio alume.

Posteriormente algumas novidades surgiram com título semelhantes, como é o caso do trabalho da autoria de Lázaro Justo Jacinto, recentemente colocado na web.

Este irmão Lázaro, seu artigo faz uma pergunta a qual merece atenção e ser praticada:

“De início, lemos esta informação bíblica: "Pois EU DETESTO O DIVÓRCIO, diz o Senhor Deus de Israel," (Ml. 2:16) Acaso não seria um bom alvitre amarmos tudo o que o Senhor Deus ama, e detestarmos tudo o que Ele detesta”?

Não há dúvida, qualquer cristão que deseje ser conhecido como seguidor de Cristo - de perto, não de longe nem de palavras -, dirá sim à esta pergunta.

Não obstante, ainda existe a carência de mais obras elucidadoras, cujo conteúdo acrescente ou esclareça a população interessada sobre o divórcio à luz da Bíblia e seus impactos sobre as pessoas rejeitadas: filhos menores e a esposa escorraçada para fora do relacionamento. Tampouco elucidativa na área das leis sobre a questão dos direitos da criança. Deus deu à criança o direito em ser herança do Senhor para um casal.

O divórcio violenta e vilipendia tal direito, colocando a criança na relação de objetos a serem distribuídos entre os muitos objetos de partilha – chamados de bens, como casa, carro, imóveis, ou uma poupança-, quando não tal criança ainda é objeto para dar o direito à mãe em exigir uma pensão alimentícia para ela, quando na realidade a criança de tal pensão pouco proveita. Pois, o dinheiro da pensão nem sempre é desfrutado na íntegra pela criança. Serve mais à mãe que ao filho que decide oque deverá ser adquirido com o mesmo.

Nesta final desta fase de transição entre 1977 a 2012 – o divórcio voltou a ser assunto dos legisladores brasileiros. Percebe-se uma lacuna, pois, não houve no Brasil até onde eu tenha conhecimento - nenhum tratamento profilático para se evitar entre os cristãos a epidemia e contaminação pelo vírus contagioso do divórcio. O qual se alastrou com tal rapidez como ocorria com a febre amarela a e peste bubônica.

Inclusive nos meandros ditos cristãos e evangélicos, tem se praticado algo que anula o que a Bíblia ensina sobre o mesmo. Pastores, padres, profissionais da evangelização – para além de aceitarem o divórcio como algo corriqueiro e normal -, não produziram textos científicos em quantidade e qualidade suficientes, nos quais pudessem analisar os efeitos traumáticos do divórcio sobre a população infantil que cresciam em suas greis, nem sobre a população de mulheres rejeitadas. Mais traumático é o caso da população de mulheres “VIÚVAS DE MARIDOS VIVOS”.

Mulheres estas que, muito embora continuem “casadas” no papel, na prática estão viúvas com ‘marido vivo’, pois, os “maridos” não mais cumprem seu s papel de esposo, nem na cama, nem na casa, muito menos nas atividades triviais do dia a dia. A mulher pode olhar para um individuo masculino, o qual vive sob seu teto, mas não pode tocar-lhe, nem contar com ele para nada que lhe diga respeito, nem para satisfazer suas necessidades intimas, emocionais ou espirituais.

A condição de VIÚVA DE MARIDO VIVO é mais cruel e desfavorável para a mulher quanto ficar viúva com marido morto. Pois, como viúva de marido morto, biblicamente tal mulher pode sentir-se disponível para acolher outro relacionamento que lhe supra as necessidades, caso assim o deseje. No entanto sendo viúva de marido vivo, estará em pecado se o fizer, bem como estará em pecado divorciando-se para acolher outro relacionamento. Vê-se amarrada por uma corrente espiritual invisível, mas destruidora.

Será forçada a contemplar diariamente a figura de um homem – que na teoria é seu, mas não o é na prática -, olhará, desejará e não poderá sequer tocá-lo. Isto é uma atitude Bíblica?

Então, os favoráveis do divórcio, dirão com boca cheia: Então o divórcio é a Santa Solução! Solução para qual dos envolvidos? Quem será glorificado: Deus ou o diabo? Quem será mais prejudicado: Os filhos do primeiro casamento? A esposa rejeitada ou o homem?

As Faculdades de Teologia: local chamado por muitos como “Escolas de Profetas”, omitem criminosamente falar abertamente sobre tal situação da "MULHER VIÙVA DE MARIDO VIVO".

Sequer chega a ser matéria curricular esta situação crítica. O problema na grade curricular foi suprimido. Ou melhor: sequer chegou a existir, se foi abordado, ocorreu de forma subliminar, quase invisível. Como invisível se torna a mulher rejeitada, e invisíveis são seus problemas e necessidades,para o marido vivo que age como se estivesse morto. Morto em seus desejos para com a esposa rejeitada, morto em sua afetividade, morto em seu comoanheirismo e atitude cristã morta.

Na prática da vivência diária, tal situação convive a olhos a atormentar a alma e o espírito de todo aquele que dele padeça.

Havia no meu tempo de Faculdade – 1993 -, uma disciplina denominada: “esposa de pastor”. Na qual a professora, dona Dirce Kaschel ensinava à suas alunas como uma esposa de pastor deveria vestir-se.

As combinações ideais de cores numa casa pastoral para tornar o ambiente agradável. Como receber visitas no lar, ou como fazer a sobremesa saborosa. Como tornar-se a “Amélia”. A mulher de verdade. Mulher do tipo: forno e fogão! Coisas boas, não são ruins.

Porém, não são essenciais para manutenção do relacionamento conjugal com qualidade e profundidade, sequer ajudam no relacionamento geral nem físico.

Coisas que não ajudavam a mulher a manter o lar íntegro sem rachaduras emocionais, sentimentais e físicas, oriundas do sentimento do marido por outro corpo mais sedutor e cheiroso, sem rugas, com um útero jovem e com maior probabilidade de lhe dar outra prole. Fazendo acontecer um recomeço de vida do qual o marido sente saudades, e não vê outra forma de resgatá-lo, a não ser através do adultério legalizado pelo divórcio.

Em tais Faculdades de Teologia nunca ensinaram como uma esposa de pastor deveria fazer para continuar sendo a esposa do pastor, e não a ex - esposa de um pastor casado com outra mais jovem e mais bela, ou com um útero fértil o qual a esposa anterior já não possuia.

Quem teve a sorte de descobrir a receita para evitar os desgastes do divórcio, o fez às próprias expensas e não passou sua recita.

Como nos mostra a realidade dos últimos anos, onde até Diretor de Faculdade de Teologia já aderem ao divórcio como um estilo de vida cristã. Pode ser estilo de vida cristã, mas não de Cristo, nem de um seguidor de Cristo.

Percebe-se excessiva produção de textos e cursos sobre: divindade, temas missiólogicos, antropologia social e ação da África como espaço de identidades, ciência da religião, teologia ministerial, psicanálise clinica em teologia, Pós-Graduação em Teologia Bíblica e Sistemática-Pastoral, Teologia e espiritualidade, Cristianismo história e teologias, entre outras centenas.

Não há nada de errado em se estudar sobre todos estes temas subjetivos os quais não aumentam o compromisso com Cristo.

Não podemos nos esquecer de que os mesmos em nada ajudam na prática vivencial, nem para fazer Cristo um motivo de compromisso entre os pastores pelo menos.

Por que não há ênfase na busca de solução para num problema tão grave quanto o divórcio?

O qual afronta a estabilidade e integridade das famílias cristãs, afronta o propósito do próprio Deus em relação à instituição e manutenção da família.

Sobre o mesmo as Faculdades Teológicas pouco ou nada possuem em suas grades curriculares com peso e condições de serem estudos que venham a nortear e oferecer diretrizes ao povo cristão. Quando possui algo é de forma superficial. Existem muitos advogados evangelicos, porém não é comum observarmos a presença dos mesmos dando orientações ao povo sobre as consequencias espirituais e emocionais dodivórcio para ocidadão cristão. Omissão é um ato criminoso.

No meio evangélico tal ponto da lei parece esquecido. Só se lembram de leis no momento de aderirem ao divórcio?

Robert Pekkler fundamenta o arcabouço de sua obra ou trabalho na Bíblia, e a dispõe em dez capítulos. Porém, não discorreu sobre os impactos vistos do lado das leis, pelo ângulo psicológico nem sociológico. O que não foi errado em si. Tratou-se desta forma por opção ou afunilamento do tema. Na atualidade percebe-se a lacuna e falta resultante da não ampliação ao tema.

Tal ampliação seria da responsabilidade dos teólogos, pastores, professores de Teologia, psicólogos, psiquiatras e sociólogos da pós modernidade. Porém os mesmos omitiram-se vergonhosamente em abrir o leque sobre tal discussão e impactos sobre mulheres e filhos rejeitados, e a necessidade de um posicionamento Bíblico.

Muitos pastores, missionários e voluntários afoitos julgam, criticam, se posicionam sobre a poligamia na África, fato que dificulta o avanço do cristianismo lá, dado aos casamentos poligâmicos.

No entanto se omitiram em tomar posição sobre algo grave e necessário dentro da cultura latina e brasileira. Se posicionam e dão palpites lá fora, e se omitem quando a questão ferve dentro de cas?

Esquecendo-se que houve negligência e omissão em fazer sobressair sua posição bíblica sobre um fato gerador de distúrbio ao meio cristão e na cultura brasileira. Tais teólogos não se omitiram em gastar tempo pensando sobre a poligamia na África, fato que dificulta o avanço do cristianismo lá. Porém, omitem-se quanto a tratar do problema divórcio no meio evangélico no Brasil. Parece ser mais cômodo pensar no que esta longe das nossas vistas e mãos. Portanto, algo que não nos afeta.

Urge então que se avalie sobre tais impactos negativos, já que os positivos, os adeptos do divórcio se esforçarão por encontrá-los, vivenciá-los e divulgá-los.

Não basta eleboração e execussão de Leis feita por homens –nem sempre cristãos -, muitos dos quais favoráveis ao divórcio por questões pessoais óbvias e nada cristãs.

Pekkler elenca algumas proposições fundamentadas na Bíblia, as quais destacarei aqui neste protótipo de resenha ou publicação.

A começar pela página 15 onde ele escreve:

“Portanto não nos enganemos. O divórcio não é o problema. O problema é o CORAÇÃO ENDURECIDO, que apenas pode ser curado através de uma fé profunda em Cristo Jesus”.

A dureza de coração é o maior problema. “Mas, infelizmente, até que o sintoma do divórcio venha à tona a receptividade do casal ante a Palavra de Deus já estará diminuída” Mateus 19.8. Quando se fala ou se pensa em divórcio,o mesmo já ocorreu no intimo, no coração que é o centro das emoções e também ocentro da vida e morte do indibviduo.

Algumas consequências de tal dureza entre muitas outras são:

-traumas para os filhos desprezados e atônitos em meio aos conflitos dos pais que não conseguem aceitar-se mutuamente, às vezes por questões de beleza física, muito menos conseguem aceitar o plano divino para seu casamento, querem algo mais atraente e fora da rotina;

-sentimento de rejeição por parte do cônjuge abandonado seja ele ou ela;

-conflito espiritual gerado por pregar uma coisa e viver outra;

-morte de sua autoestima e motivação para continuar lutando pela sobrevivência familiar. Só haverá desejo de lutar para se conseguir o novo cônjuge, mais nada será motivador5 o bastante para animar o adepto ao divórcio;

-Como impacto final, mas não menos importante, pode-se listar o aumento da delinquência juvenil como resultado de lares descafelados, cujos filhos são literalmente abandonados, mesmo estando dentro de um teto, não estão debaixo da cobertura do amor e cuidados paternos.

Pekkler elenca uma série de “desculpas” nas quais os adeptos ao divórcio se apoiam para “justificar” suas mazelas e desejos ilícitos. Crendo-se “livres” para recomeçar suas vidas mal construídas. Homens que se utilizam do “livre arbítrio” para dar vazão aos seus anseios insatisfeitos de novidade no relacionamento físico já rotineiro.

Desculpas que se tornam como “muletas” nas quais se apoiam os aleijados-emocionais, espirituais e emocionais -, homens e mulheres adeptos do divórcio que se agarram em tal muleta como último recurso para permanecerem de pé, mesmo que seja num “faz de conta” que estão bem realizados, à custa da crueldade e sacrifício da felicidade alheia:

a- "O que é pior: o pecado do divórcio, ou oi pecado do ódio”? Uma forma para despistar o olhar inquisitivo do centro do problema: a dureza de coração;

b- “O nosso amor um pelo outro acabou para sempre” Se houve amor verdadeiro, este não se acaba. Ou amadurece e floresce, ou nunca terá existido. Veja o que a Bíblia diz em: I João 4.19; Romanos 5.5; Mateus 22.39; I Coríntios 13.4 a 7; Efésios 5.25;

Se o amor entre os cônjuges acabou-se, a Bíblia tornou-se mentirosa, ou então, nunca se amaram verdadeiramente. Enganaram-se e aos demais que os prestigiaram na festa de casamento. Sem contar que muitos confundem excitação, desejo sexual, tesão com amor. O que é a maior falácia. A paixão física, ofogo avassalador que move o desejo físico, este sim: arrefece. O amor jamais se acaba;

c- “Nós somos incompatíveis, não nos damos mais bem”. Na Bíblia de tal pessoa o versículo que diz: “Mas, a para Deus nada impossível é” deve ser arrancado, pois, para tal pessoa é impossível que o amor de Deus, o faça amar seu cônjuge. Não se dão ao menor trabalho em trabalhar-se os temperamentos infantis e egoístas, fazendo surgir temperamentos maduros, transformados pelo Espírito Santo, generoso, e amáveis. Divorciar-se dá menos trabalho e possibilita novidade na cama. Melhoria ou mudança de temperamento não trará outro corpo jovem;

d- “Deus me revelou que o meu caso é diferente dos outros”. E é mesmo! Tal pessoa deve ser lá de Marte. As demais daqui da Terra. Os demais são passíveis de conserto, o de tal pessoa está fadado a ser imutável. Quando na verdade o único imutável é só Deus. O pecado não é imutável, ele deveria ser descartável;

e- “O divórcio é a única saída”. Tal pessoa se julga mais sábia que Deus. Capaz de pensar em uma solução, a qual o próprio deus não conseguiu descobrir.

Agindo assim tal pessoa se engoda tentando colocar Deus numa “camisa de forças” como alguém incapaz de oferecer outra saída para o pecado que se instalou no coração endurecido. O profeta Isaías capítulo 55. 8-9 diz: “ A ignorância – desconhecimento – da vontade de Deus sempre leva ao fracasso”.

O ser humano seduzido pela falácia da “única saída” através do divórcio tenta limitar o poder divino ao afirmar que Deus não consegue elabora nada de melhor qualidade e melhor resultados do que o divórcio. Numa tentativa em pressioná-lo abençoar sua solução meia – boca, ou inclinações carnais. Tais pessoas negam-se a verem a solução divina por medo de que tal solução seja diferente daquela a qual ele deseja em seus desígnios carnais;

d- “Não há dois casos iguais, o meu é diferente” !!!!Que armadilha! Que arapuca!

Talvez não aja mesmo, visto que Deus não trabalha em ´serie como numa fábrica de automóveis. Ele não fez o ser humano em série como carros numa fábrica. Logo, não haverá dois iguais.

No entanto, a causa básica é sempre a mesma: Falta de fervor espiritual. Falta de temor a Deus e à sua Palavra. Falta de cultivar a vida a dois como se fosse um roseiral. O qual não dá apenas dá flores, mas produz espinhos também, os quais precisam ser aparados para não machucarem a quem manipula as rosas.

Não apenas falta de fervor, mas, também de conversão genuína, falta de conversar diariamente com Deus e com o cônjuge. A falta de dialogo mata a intimidade entre o home e Deus e entre o casal.

A intimidade vivida fora do lar esfria e assassina a intimidade que deveria existir entre o cônjuge. Isto não é ensinado nas Faculdades de Teologia. Como pare ter sido pouco ensinado sobre o papel profilático da Igreja para se evitar o divórcio, o qual rói como um câncer maligno, aqueles que dele se infectam.

Em Ezequiel 33. 7, 12 a 20, encontramos uma leitura proveitosa e dura de ser digerida por aqueles adeptos ao divórcio, a qualprecisa ser lembrada:

“Tu, pois, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o livrará no dia da sua transgressão; e quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo poderá viver pela sua justiça no dia em que pecar. Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia. A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: O ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão. Mas, se advertires o ímpio do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade; mas tu livraste a tua alma. Tu, pois, filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas transgressões e os nossos pecados estão sobre nós, e nós desfalecemos neles, como viveremos então? Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel”?

A Igreja tem um papel difícil como atalaia/alerta e restaurador. Curando aqueles que foram infectados pelos vírus do pecado.

1- A Igreja deve funcionar como um PrntoAtendimento para ajudá-los a encontrarem a cura para que se arrependa e busquem o perdão divino por afrontarem o plano de Deus quebrando a aliança feita no casamento;

2- Ajudá-los a buscarem o arrependimento verdadeiro, e isto é acompanhado do desejo e esforço para não continuarem no erro, a voltar suas costas para o pecado e suas consequências. Não há conserto com Deus, apenas passando panos quentes no pecado, e acolhendo um adultério legalizado para não ferir o marido que mais ama a esposa do primeiro casamento. Deus não é imparcial, nem conivente;

3- Além do sentimento de tristeza por haver transgredido, quem trai ou se divorcia deve demonstrar nojo pelo pecado. Não pode aceitar ou perdoar alguém que sequer arrependeu-se de haver afrontado a Deus. Se tal pessoa não se sente mal em maltratar seu ex- cônjuge, deve pelo menos sentir-se mal em ferir a Deus e arrepender-se. Ou não estará arrependido de verdade.

Pekker afirma, eu concordo: “que o pecado faz o ser humano definhar-se, perder o esplendor e o viço”. Tema complexo, difícil de ser abordado e aceito por aqueles que querem legalizar seus erros. Porém precisa ser abordado com profundidade, se quisermos nos posicionar como povo eleitos de Deus. Não basta participar de “Caminhadas para Jesus”.

É imprescindível, viver como Deus e Jesus ensinaram em sua Palavra.

Jesus ensinou que o divórcio é uma prática resultante da DUREZA DOS CORAÇÕES. Deus afirmou que ele aborrece aodivórcio. É ensinamento dele para seu povo.

Jesus veio para cumprir a lei e não para descumpri-las ou abrogá-la.

A Bíblia diz que os filhos – dentro do casamento - são herança do Senhor. E não bens para serem distribuídos numa partilha após o divórcio. Muito menos uma carga pesada peara ser descartada como se fosse lixo tóxico. Viver o evangelho na íntegra abrange: Abominar e odiar o divórcio!

Cristão que se diz ser de Cristo e pratique o divórcio, está no erro. Não confiou em Deus para dar-lhe condições de se casar e permanecer casado.

Pastor que ama, deseje ou vivencie o divórcio, precisa se converter, arrepender-se, corrigir-se de seu erro para depois, voltar a pensar em pastorear.

Nadir Neves
Enviado por Nadir Neves em 06/12/2011
Reeditado em 06/12/2011
Código do texto: T3375210
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