Sorria!

Sorria! Eu me ordeno!

Mesmo que o lobo da ira te devore a alma

E o turbilhão do ódio ameace a tua calma

Sorria!

Mesmo que a garganta doa e atice as lágrimas

E tua voz trema a confessar as lástimas

Sorria!

E se o tempo lhe parecer escasso

E teu corpo reclamar o cansaço

Sorria!

E se o fogo da injúria lhe queimar os ossos

Ao ponto de sentir o fogo nos olhos

Respire, e sorria!

Porque ninguém vai entender

Que teu sorriso é de vidro

E se quebra a cada entardecer

Sorria! Eu me ordeno!

Mesmo que se sinta tentada

A arranhar o próprio corpo de tão irada

Sorria!

Mesmo que a dor sufoque o peito

E tudo pareça não ter mais jeito

Sorria!

E se a noite, teu sorriso se quebra

E o teu espírito, o luto celebra

Sorria!

E lembre-se de sorrir pela manhã

Diga “bom dia! ”

E sorria!