Tristes Tercetos de Sal II

A moça esperou até que do céu eterno

Caíssem as estrelas e o sol se apague!

Esperou ate tudo não passar de trevas.

Mas ele não voltou, este, seu amor foi-se

E nas águas salgadas e amaldiçoadas do mar

Imortalizou sua lembrança na saudade dela!

Que por sua vez morreu sozinha, seca e fria.

Testemunhada pelas sirenes que haviam ali.

As que choraram por anos em memórias dela!

O choro era como uma canção feita de elegias

De pura dor, que passeavam agora no vento

Somente, e entoada pelos casais descontentes!

A moça tornou-se areia do tempo e sem medo

Partiu para o infinito com esperanças de lá ou

Até depois do imortal esperar por seu marido!

Tennebrista
Enviado por Tennebrista em 21/07/2014
Código do texto: T4889966
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