Tristes Tercetos de Sal II
A moça esperou até que do céu eterno
Caíssem as estrelas e o sol se apague!
Esperou ate tudo não passar de trevas.
Mas ele não voltou, este, seu amor foi-se
E nas águas salgadas e amaldiçoadas do mar
Imortalizou sua lembrança na saudade dela!
Que por sua vez morreu sozinha, seca e fria.
Testemunhada pelas sirenes que haviam ali.
As que choraram por anos em memórias dela!
O choro era como uma canção feita de elegias
De pura dor, que passeavam agora no vento
Somente, e entoada pelos casais descontentes!
A moça tornou-se areia do tempo e sem medo
Partiu para o infinito com esperanças de lá ou
Até depois do imortal esperar por seu marido!