Terras baixas

Parte quieta, álgida e febril

Junto com a brisa serena

Que mês de junho toma face hostil.

Nos campos mortais era flor efêmera

Nas terras baixas caule envergado

No silencio dos mundos, sonha tremera.

Vivente ganhou no corpo, estigmas

Dormente ganhou na alma

O véu da morte com seus enigmas.

Era fortemente ereta e óssea

Com a sedosa pele do rosto

Firme,tépida e rósea.

Esta no mundo dos sonhos perdida

Tateando as colunas mármore do templo morto

Com a fria mão estendida.

Os olhos não vêem o que esta a frente,

Ó, Flor sublime nos campos mortais

E nas terras baixas, alma decadente.

Não sabe que faleceu

Em ti assenta a Esmeralda grama

Que nos anos em altura cresce, crescerá e cresceu.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 24/03/2012
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T3572830
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