LINDA MENINA
Linda menina, até quando te ocultarás
De meus olhos, dos meus sentidos,
Até quando me não crerás?
Se tu mesma de desejos refletidos,
Revelas em ti sobre mim o teu querer
Que antes eram quereres tão escondidos.
Lentamente foi cedendo o amanhecer
Pela força das roldanas noturnas
Que arrastam tudo até o enrubescer.
E fui sentindo as brisas taciturnas
Ficando tíbias, tangendo a minha face,
Livrando-me das amarguras diurnas.
E vi teus lábios como se me beijasse,
Brilhando como o sol num dia claro,
Vermelho tal qual uma maçã vorace.
Vem depressa ainda enquanto me declaro
Nestes versos bordados de lindas rosas,
Porque na vida cada verso meu é raro.
Te vejo então entre as noites mais formosas.
(YEHORAM)